Governo de Gilson dobra rombo em 4 meses e déficit já chega a R$ 14 milhões

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de maio de 2018 às 17:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Dos 6,5 milhões de déficit em 31 de dezembro de 2017, a Prefeitura chega a menos R$ 14 mi em abril

​Enrolado com a questão dos precatórios, o Prefeito Gilson de Souza, de forma indireta e através de seus aliados na Câmara de Franca, acaba de confessar que o rombo das contas da Prefeitura chegaram a R$ 14 milhões negativos. 

O alerta de que esta situação estava próxima foi feito  por este Jornal da Franca (na época muito contestado pelos aliados do prefeito) ainda no primeiro semestre de 2017 (primeiro ano do governo) quando a situação já se afigurava grave, dados os constantes déficits entre Receita e Despesa da Prefeitura. 

O Jornal da Franca acertou que a Despesa da Prefeitura apresentaria um rombo acima de 5 milhões em 2017, pois o ano fechou com um déficit de R$ 6,5 milhões em 31 de dezembro. 

A confissão de que a situação é mais grave do que o Governo Municipal deixava transparecer está em uma planilha que a base aliada do Prefeito apresentou aos vereadores para justificar que a Câmara buscasse na sessão da tarde desta terça-feira (29)  mais prazos para liquidar os precatórios. (Veja a planilha abaixo)

A planilha passada pela Secretaria de Finanças aos vereadores mostra que a Prefeitura tem poucas reservas financeiras de recursos próprios também em 2018 e que disponibilidade líquida negativa chega a R$ 14 milhões 190 mil e 600 reais. 

A Prefeitura tem disponível em bancos, de recursos próprios R$ 79 milhões, 513 mil, 571 reais e 62 centavos, mas deve (de restos a pagar e empenhos deste 2018), R$ 93 milhões, 704 mil, 171 reais e 70 centavos, o que resulta no rombo de R$ 14.190.600,00. 

A situação é caótica se somados a estes R$ 14.190.600,00 forem juntadas as despesas ainda não processadas pela Prefeitura, que totalizam, segundo ela própria, R$ 68 milhões, 325 mil, 276 reais e 84 centavos (estes dados são recentíssimos, de 30 de abril passado). 

As chamadas “Disponibilidades de Curto Prazo” representam outros dados financeiros extremamente ruins do Governo Gilson de Souza: de “Restos a Pagar + Empenhos do Exercício que a Prefeitura ainda não pagou em 2018, há uma dívida de R$ 93 milhões, 704 mil, 171 mil e 70 centavos (frente a R$ 79.513.571,62 que ela tem disponível nos bancos). 

O que tem mantido o Governo em pé têm sido os recursos vinculados, que são chamados de “verbas carimbadas”. Os recursos vinculados fecharam 2017 com R$ 25 milhões, 480 mil, 493 reais e 89 centavos. 

Neste ano, as verbas carimbadas atingiram R$ 59.2 milhões, mas deste total a Prefeitura comprometeu R$ 36 milhões e ainda está segurando R$ 22.3 milhões. 

Verdade é que, mesmo com o “refresco” dado ao governo Gilson com a Câmara aprovando o Projeto dos Precatórios (veja notícia a respeito nesta edição) a atual administração parece cada vez mais enterrada numa situação que parece incontornável financeiramente falando, caminhando para ser um dos governos mais danosos que Franca já teve 


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