Gilson exonerou dois secretários e disse que “não tem motivo nenhum”

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 15:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:33
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Prefeito deu entrevista confusa e chegou a confundir “Finlândia” com “Tailândia”, sobre educação

Se era para explicar, não deu certo. Em uma entrevista coletiva, concedida na última sexta-feira, o prefeito Gilson de Souza (DEM), patinou nas respostas e não conseguiu explicar porque demitiu cinco integrantes de seu primeiro escalão, inclusive dois secretários municipais.

Foram exonerados os secretários de Assuntos Estratégicos, Thiago Comparini, e de Serviços e Meio Ambiente, Rosaura Zucollo, além de coordenadores e ocupantes de outras funções importantes.

​”É só agradecimento. Como o governo está fazendo uma minirreforma, isso é normal no eixo administrativo. Não tem motivo nenhum, é uma adequação administrativa. É só esse caminho”, disse o prefeito.

O prefeito disse que tem um diagnóstico do que quer e que isso será colocado em andamento. Só não explicou bem do que se trata. “Se nascem dez crianças por dia na cidade, são 3600 por ano. São quatro anos de governo, é só multiplicar e ver quantas creches precisa”, explicou, sem qualquer relação com o assunto, o prefeito. Ele se esqueceu de considerar que também, em quatro anos, muitas crianças completam quatro anos e vão para as escolas de educação infantil.

Em seguida, o prefeito começou a falar de saúde e voltou para educação, onde fez uma afirmação confusa. “Hoje o mundo mudou. Estamos buscando modelos de países de primeiro mundo na educação, como a Tailândia, que é um exemplo”.

Em uma consulta rápida, não é difícil verificar que Gilson se confundiu. Em 2013, a Tailândia foi alvo de uma reportagem da Folha de São Paulo que relatava o uso de varas de bambu pelos professores para repreender os alunos. Nas escolas daquele país cabelos longos são proibidos e o desempenho do país no Programa Internacional de Avaliação estudantil rendeu um modesto 52º.

Certamente, o prefeito quis se referir a Finlândia, Nova Zelândia ou Islândia, esses sim figurando entre os país com melhor educação no mundo, segundo o site Info Money, mas se confundiu pelas pronúncias parecidas.

Mas retornando ao assunto dos secretários, Gilson deu a entender que vai cobrar mais agilidade das pastas, o que não estaria havendo sob o comando de Comparini e Rosaura. “Todas as secretarias precisam ter agilidade. Planejamento eu preciso porque preciso construir creches (novamente se confundindo, pois o secretário de Planejamento, Virgínio Reis, continua no cargo). Planejamento eu preciso para ter um diagnóstico para poder avançar”, explicou. 

Gilson ainda aproveitou a oportunidade para aprovar o desempenho de seu governo. “Estamos fazendo uma gestão diferenciada, moderna, com eficiência e com um ganho diferenciado (…) Estamos no caminho certo e o governo vai dar um salto de qualidade grande, porque estamos apostando muito na inovação. O mundo mudou e temos que, junto com o mundo, mudar. Por isso temos esse planejamento estratégico para 20 anos”, auto elogiou-se o prefeito.

Sobre a educação na Tailândia: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/06/1291820-sistema-escolar-da-tailandia-causa-revolta.shtml

http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/consum…


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