Gilson deixa COMAM com saldo ridículo. Prefeito João Batista Lima deve assumir

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 13:42
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:15
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Prefeito de S.A da Alegria é adversário de Gilson, ligado a Baleia Rossi e Léo Oliveira

Por uma possível falta de quórum, já que diversos prefeitos que integram o COMAM – Consórcio de Municípios da Alta Mogiana – estariam assinando convênios em Ribeirão Preto, a reunião deliberativa do órgão foi transferida de terça-feira (18) para esta sexta-feira, dia 21, pela manhã, no auditório da sede da Secretaria de Educação de Franca. 

Os prefeitos deverão escolher a nova diretoria do órgão, definindo qual prefeito substituirá o atual presidente do colegiado, o francano, Gilson de Souza (DEM) que está em seu segundo mandato. 

Nos bastidores, já conseguindo praticamente colocar seu nome como consenso, trabalhou o voto de apoio dos prefeitos de 29 municípios da região que integram o COMAM, o prefeito João Batista Mateus de Lima (MDB), que deve ser eleito por unanimidade. 

O Prefeito de Franca termina seu mandato ao frente do outrora poderoso órgão de forma melancólica. 

Já presidido por pessoas conhecidas por sua extrema competência e mobilidade política como Sidnei Rocha (Franca), Marco Ernani Hissa Luiz – Nanão (Altinópolis), Ricardo Sobrinho (Santo Antônio de Alegria), Marcos Ferreira (Patrocínio Paulista), o órgão vive uma fase de extremo descrédito, não só pela falta de iniciativa do atual prefeito de Franca, como pelo próprio desinteresse dos prefeitos da região. 

Com a participação de 29 municípios e representando uma população estimada de mais de um milhão de habitantes, o COMAM viveu uma fase negra nas mãos de Gilson que forçou sua eleição por mera vaidade, já que não tinha e nem cumpriu nenhum plano de trabalho junto ao órgão. 

Sob seu mandato, aliás, o COMAM perdeu força política e credibilidade junto ao Governo do Estado, pois nem Geraldo Alckmin, nem Márcio França, que comandaram o Palácio dos Bandeirantes nos últimos dois anos, receberam sequer uma comitiva do colegiado para atender a demandas da região junto ao Governo do Estado.

Gilson, que foi eleito numa “forçada de barra” junto ao colegiado em 2017, quando “venceu” o prefeito de São Joaquim da Barra, Marcelo Mian, que se “candidatou” via telefone, em viagem de férias a uma praia do litoral paulista, só afastou ainda mais os municípios do colegiado.

Nos dois anos de seu mandato que se completam com a reunião desta semana do COMAM, o consórcio só fez duas reuniões anuais, sem nenhuma produtividade e benefícios aos municípios e seus moradores.

O trabalho do COMAM só não foi “zero” porque as Câmaras Técnicas de Turismo e de Meio Ambiente funcionaram a despeito da imobilidade política do presidente.

João Batista de Lima, que deve ser eleito nesta sexta-feira como novo presidente do COMAM é prefeito em 3º mandato e ligado à turma da “linha da Anhanguera” no consorcio.

Durante o tempo em que esteve fora da Prefeitura de Santo Antônio da Alegria, ele atuou como assessor parlamentar do presidente do MDB paulista, deputado federal Baleia Rossi, líder do governo Temer no Congresso.

Por conta de sua ligação com Baleia, João Batista também não apoiou a candidatura do filho de Gilson de Souza – Gilsinho, emprestando seu prestígio político a outro candidato de Ribeirão Preto, a deputado estadual, o radialista Léo Oliveira, também do MDB, que foi reeleito. 


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