Gilson de Souza segue alheio a ameaças e nem cogita pagar as impositivas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de outubro de 2017 às 07:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:24
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Prefeito ainda tem perto de R$ 6 milhões a pagar relativos a emendas do ano passado

O prefeito Gilson de Souza (DEM) segue alheio às ameaças de vereadores, reclamações de entidades e à fiscalização que o Tribunal de Contas do Estado está perto de vir a Franca realizar.

Enquanto pipocam as críticas, Gilson simplesmente não se manifesta quanto às emendas impositivas prevista para o orçamento municipal deste ano. Foram feitos alguns repasses, para poucas entidades, mas ainda restam, segundo a Secretaria de Finanças, em recente audiência pública, alto em torno de R$ 6 milhões a pagar.

A justificativa de Gilson e seu jurídico é que as entidades não apresentaram projetos compatíveis com a Lei Federal 13.019 ou deixaram de apresentar documentação necessária para poder receber.

Uma das que não recebeu é a Pastoral do Menor, que oferece atendimento para 150 crianças, oriundas de famílias de baixa renda, no Jardim Aeroporto III. Já houve protesto até na Prefeitura. E nada.

Cansados de não obter respostas do Poder Executivo e pressionados pelas entidades assistenciais e população, dez vereadores publicaram e assinaram um manifesto ameaçando tomar medidas contra o prefeito de Franca, caso ele não pagasse as emendas impositivas do ano passado. Gilson nem se moveu. 

O Tribunal de Contas marcou uma auditoria em Franca no mês de setembro, após a visita de três vereadores à sede regional, em Ituverava. Mas acabou desmarcando e até agora não apareceu. Mais uma vez, Gilson não tocou no assunto.

O prefeito, até aqui, tem vencido a queda de braço e insistido em seguir a orientação de seus procuradores jurídicos. O que não foi medido por ele e sua equipe, ao que parece, é o outro lado da moeda: o desgaste político. 

Tantas entidades e lideranças trabalhando contra o prefeito, no sentido de colocá-lo no sentido inverso do assistencialismo praticado por essas organizações filantrópicas, poderá causar um desgaste importante na imagem de Gilson e isso já poderá ser sentido no ano que vem, quando ele deverá apoiar seu irmão, Nirley de Souza, na candidatura a deputado estadual, e em sua eventual candidatura à reeleição. Aí, não terá Jurídico que aguentará.


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