​Gilson de Souza mostra grande falta de habilidade política ao tomar decisões

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de janeiro de 2018 às 07:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:32
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Prefeito acata proposta para proteger moradores de rua, mas desobedece a lei nas emendas impositivas

O prefeito Gilson de Souza demonstrou, em pelo menos duas situações recentes, uma falta de habilidade administrativa e política no trato com a Promotoria de Justiça, o que implica diretamente na vida dos francanos.

No primeiro caso, o prefeito baixou um decreto, atribuindo a responsabilidade ao MP, entre outros orgaos, como Defensoria Pública, Conselho Municipal de Assistência Social e OAB de Franca, blindando os moradores de rua da cidade.

Se realmente a pressão do Ministério Público foi tão intensa, caberia ao prefeito demonstrar sua força e boa vontade em defender o interesse da maioria da população e, no mínimo, promover uma ampla discussão sobre o tema. Nao fez nada disso, acatou a suposta pressão passivamente.

Em outro momento, porém, quando ouvir e acatar uma tendência externa era necessário, no caso das emendas impositivas do ano retrasado, que não foram pagas por Gilson, ele decidiu confrontar o bom senso, o Ministério Público e partir para a briga judicial contra entidades assistenciais que nada mais fazem que ajudar a sociedade e atender as pessoas.

O prejuízo poderá chegar a GIlson também em duas frentes. No primeiro caso, a perda política, ja que a proteção dos andarilhos pode significar a falta de paz e segurança para a população de forma geral. A necessidade de acolher e respeitar as pessoas em condição de rua nao teria de acontecer via decreto, mas faltou posicionamento e coragem do prefeito.

Na segunda situação, o fato de peitar recomendação do MP e de acatar a lei das impositivas já rende problemas. A Promotoria instaurou inquérito civil para investigar improbidade administrativa pelo não pagamento das impositivas.

De duas uma, ou falta habilidade de forma brutal ao prefeito, ou ele anda recebendo orientações pouco inteligentes de seus conselheiros mais próximos.


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