Gilson de Souza ignora a lei e veta R$ 7,3 milhões em emendas impositivas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de outubro de 2018 às 21:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:07
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Prefeito entende que emendas são inconstitucionais e, novamente, entidades poderão perder

A Câmara dos Vereadores de Franca vai votar nesta terça-feira um veto do prefeito Gilson de Souza (DEM) às emendas impositivas acrescentadas pelos próprios legisladores às diretrizes orçamentárias da Prefeitura para o ano quem vem.

O valor vetado pelo prefeito é relevante, de R$ 7,3 milhões e prejudicará diretamente todas as entidades assistenciais que seriam beneficiadas pelas emendas, sendo metade deste valor a instituições e projetos com ênfase na saúde.

Além de prejudicar as entidades, politicamente, a medida de Gilson afeta diretamente os vereadores, que são os autores das emendas. Sem os recursos revertidos para as entidades, certamente, a imagem dos mesmos será prejudicada. Daí, há uma grande chance do veto de Gilson ser derrubado. 

Os vereadores, é óbvio, não votarão contra eles próprios, o que acontecerá se mantiverem o veto de Gilson de Souza, “queimando-se” com as instituições de Franca e as milhares de pessoas atendidas por elas.

A Prefeitura justifica dizendo que há inconstitucionalidade no projeto aprovado na Câmara. “Em face da flagrante inconstitucionalidade
apontada pelal Procuradoria Geral do Município
de Franca, adotando-se os seus fundamentos, assim resumidos: inobservância
da pertinência temática obrigatória, aspecto limitador do poder de emendar, citando
decisão análoga do Tribunal de Justiça de São Paulo, que julgou inconstitucionais
as emendas parlamentares à LDO 2018 do Município de Franca


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