Gilson de Souza comete gafe e se apropria de índices de Desenvolvimento de 2016

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de julho de 2018 às 12:58
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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Iludido por seus apoiadores, prefeito Gilson comemora índices do tempo em que nem era prefeito

Sem muito o que mostrar o Governo do Prefeito Gilson de Souza tem se destacado mais pelas trapalhadas do governante e seus apoiadores do que pelo que fez em 18 meses de administração.

A exemplo do que já fizera com as aprovações de loteamentos e núcleos habitacionais privados, como se fossem realizados pelo seu governo, agora ele também se arvora como “dono” de índices de desenvolvimento de Franca obtidos pelo município em 2016 (administração do ex-prefeito Alexandre Ferreira, de 2013 a 2016) na tentativa de capitalizar imagem de bom administrador, o que não tem conseguido nem na teoria, muito menos na prática. 

A última trapalhada foi protagonizada em conjunto pelo prefeito e pelo jornal impresso que apoia a administração, que “forçando a barra”, atribui a Gilson de Souza, a colocação de Franca no Índice Firjam de Gestão Municipal (IFGM), pesquisa nacional realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e divulgada no final do mês passado. 

É verdade que Franca teve uma colocação razoável (é a 41ª do Brasil no ranking), mas os indicadores se referem a 2016, ano em que o ex-deputado não havia sido eleito prefeito da cidade.

Outro detalhe interessante é que a notícia publicada no jornal impresso que apoia o Prefeito foi publicada como manchete num dia de domingo (08 de julho) com o título “Franca é o 41º município mais desenvolvido do Brasil”.

O Governo Gilson deve ter meditado muito (o que não lhe é comum) e buscado uma forma de “se apropriar” de índices que não lhe pertencem (repetimos, de um ano antes dele tomar posse como Prefeito).

Isto porque, a notícia só era novidade para os menos avisados, pois a notícia havia sido publicada (com absoluta exclusividade”, baseada em ética e transparência, por este JORNAL DA FRANCA, em sua edição online de 30 de junho, um sábado, às 12h – (leia íntegra da publicação abaixo ou clique no link para acessar).

Franca é a 41º no ranking das cidades com maior desenvolvimento no País

No afã de agradar o prefeito (para não usar outro termo) seus apoiadores na imprensa acabaram jogando-o para pagar mais um “mico” nas redes sociais.

O próprio prefeito, iludido pela falsa “conquista” de seu governo, escreveu em sua conta no Facebook (que na verdade é atualizada por um dos muitos de seus assessores comissionados): 

Foram muitos os alertas de que o Índice Firjan publicado por este Jornal da Franca no dia 30 de junho e oito dias depois (08 de julho) pelo jornal que apoia o prefeito, pelas redes sociais.

O internauta Flávio Alves, através de seu perfil no Facebook, por exemplo, alertou o prefeito de que na realidade ele estava elogiando o governo anterior, de Alexandre Ferreira (2013-2016):

A partir daí o jornal que apoia o Prefeito, sua rede social e sua assessoria de comunicação se calaram e não tocaram mais no assunto.

É certo que o Governo Gilson vive um inferno astral e político ao longo dos meses (caso da obrigação de demitir 225 comissionados nomeados irregularmente e que precisam ser mandados embora por ordem do Tribunal de Justiça, além da infeliz apropriação indébita de recursos que devem ser repassados a entidades assistenciais conveniadas com a Prefeitura).

Mas para fugir destas situações desgastantes que mostram a letargia e incompetência de seu governo, é preciso efetividade em ações de governo, caso contrário, este período 2017-2020 passará para a história política de Franca como o mais danoso para nossa comunidade.

A MATÉRIA DO JORNAL DA FRANCA

São Paulo é o estado com maior número de cidades entre as mais desenvolvidas do Brasil. Segundo o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado no dia 28 de junho, o estado tem 58 cidades entre as 100 destacadas. 

Franca, segundo o levantamento é o Município que está em 41º lugar, atrás de cidades como Barretos, Olímpia, Matão e até Mococa, mas à frente de cidades maiores como Presidente Prudente, Campinas, Araraquara e Santo André,  ou mais ricas, como Bebedouro, em comparação apenas com cidades paulistas (veja os 100 mais abaixo), 

Dado relevante é o fato de Ribeirão Preto, com o dobro de habitantes de Franca e a cidade mais rica do Estado depois de Campinas não estar entre as 100 mais do País e entre as 58 do Estado de SP. 

O IFDM foi elaborado a partir de dados de 2016 com indicadores do governo federal de emprego e renda, saúde e educação de 5,471 municípios do país – onde vivem 99,5% da população brasileira. 

A cidade número 1 do ranking, pelo segundo ano consecutivo, é Louveira, localizada a cerca de 70 quilômetros da cidade de São Paulo. Com pouco mais de 40 mil habitantes, Louveira foi a única a registrar índice acima de 0,9.

Apenas 431 municípios conseguiram nota acima 0,8 – a maior parte deles está concentrada no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A média do IFDM Brasil ficou em 0,6678 (sendo que, quanto mais perto de 1, melhor o grau de desenvolvimento). Em segundo e terceiro lugar do ranking, respectivamente, aparecem as paulistas Olímpia e Estrela do Norte. 

Segundo análise da Firjan, a crise econômica que o país enfrentou nos últimos anos fez com que o nível socioeconômico das cidades brasileiras retrocedesse três anos. De acordo com o estudo, na comparação com 2015, as áreas de educação e saúde tiveram o menor avanço da última década e não compensaram as perdas do mercado de trabalho nos últimos anos. 

A análise mostra que o país está bem longe das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), monitoradas pelo IFDM. A meta, por exemplo, de universalizar a educação na pré-escola para crianças de 4 e 5 anos poderá ser atingida somente em 2035, caso o crescimento observado de 2014 a 2016 se mantenha.

Na análise de Emprego e Renda, o IFDM aponta que, entre 2015 e 2016, foram fechados quase 3 milhões de postos de trabalho formais no país. Em 2016, apenas 2.254 cidades geraram empregos, ou seja, quase 60% fecharam postos de trabalho, incluindo capitais e grandes centros econômicos.

O último colocado no ranking foi a cidade de Ipixuna, no Amazonas, que teve nota de 0,3214. O que pensou na péssima avaliação, segundo a Firjan, foram os indicadores de saúde, devido à falta de atendimento básico de qualidade na cidade.

Abaixo, confira as cem cidades mais desenvolvidas do país: 

1º – Louveira (SP)
2º – Olímpia (SP)
3º – Estrela do Norte (SP)
4º – Vale Real (RS)
5º – Apucarana (PR)
6º – Lajeado (RS)
7º – Toledo (PR)
8º – Concórdia (SC)
9º – Itatiba (SP)
10º – Itupeva (SP) 
11º – São Caetano do Sul (SP)
12º – Jundiaí (SP)
13º – Jaguariúna (SP)
14º – São José do Rio Preto (SP)
15º – Paraguaçu Paulista (SP)
16º – Mendonça (SP)
17º – Paulínia (SP)
18º – Paranavaí (PR)
19º – Pato Branco (PR)
20º – Vinhedo (SP)
21º – Clementina (SP)

22º – Santos (SP)
23º – Mococa (SP)
24º – Amparo (SP)
25º – Chapecó (SC)
26º – Barretos (SP)
27º – São Carlos (SP)
28º – Planalto (SP)
29º – Maringá (PR)
30º – Rio do Sul (SC)
31º – Ilhabela (SP)
32º – Andradina (SP)
34º – Porto Feliz (SP)
33º – Indaiatuba (SP)
35º – Nova Odessa (SP)
36º – Campo Bom (RS)
37º – Marília (SP)
38º – Matão (SP)
39º – Cajamar (SP)
40º – Joaçaba (SC)

41º – Franca (SP)
42º – Borá (SP)
43º – Holambra (SP)
44º – Fernandópolis (SP)
45º – Mato Leitão (RS)
46º – Patos de Minas (MG)
47º – Florianópolis (SC)
48º – Iracemápolis (SP)
49º – Balneário Camboriú (SC)
50º – Mirassol (SP)
51º – Jandaia do Sul (PR)
52º – Itapira (SP)
53º – Meridiano (SP)
54º – Muçum (RS)
55º – Campo Mourão (PR) 
56º – Atibaia (SP)
57º – Serafina Corrêa (RS)
58º – Bento Gonçalves (RS)
59º – Carlos Barbosa (R
S)
60º – Gramado (RS)
61º – Medianeira (PR) 
62º – Potirendaba (SP) 
63º – Paraíso (SP)
64º – Presidente Prudente (SP)
65º – Picada Café (RS)
66º – Santo André (SP)
67º – Barueri (SP)
68º – Guaporé (RS)
69º – Santa Rosa (RS)
70º – Pratânia (SP) 
71º – Bebedouro (SP)
72º – Chapadão do Céu (GO)
73º – Itumbiara (GO) 
74º – Curitiba (PR)

75º – Jarinu (SP) 
76º –  Araraquara (SP) 
77º – Pedreira (SP) 
78º – Santa Cruz do Sul (RS)
79º – Catanduva (SP)
80º – Campinas (SP)
81º – Bragança Paulista (SP)
82º – Penápolis (SP)
83º – Taguaí (SP)
84º – Francisco Beltrão (PR)
85º – Londrina (PR)
86º – São Lourenço do Oeste (SC) 
87º – Veranópolis (RS)
88º – Marechal Cândido Rondon (PR) 
89º – Ceres (GO) 
90º – Votuporanga (SP)
91º – Lençóis Paulista (SP)
92º – Valinhos (SP)
93º – Gabriel Monteiro (SP)
94º – Eusébio (CE)

95º – Ijuí (RS)
96º – Jaci (SP)
97º – Farroupilha (RS)
98º – Frederico Westphalen (RS)
99º – São João da Boa Vista (SP)
100º – Ivoti (RS)


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