Geração de emprego surpreende no varejo alimentar da região

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  • Publicado em 9 de abril de 2019 às 20:27
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:29
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Criação líquida de 784 vagas quebrou a sequência negativa que vinha desde 2015 no mês de fevereiro

Fevereiro é um mês onde começa uma tímida retomada no emprego, porém, em 2019 o cenário foi bem diferente do visto nos últimos anos. De acordo com levantamento feito pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), o setor de varejo alimentar no estado fechou abriu 784 postos de trabalho no segundo mês de 2019. Este foi o melhor resultado para o mês desde 2014, quando foram observadas 1.906 contratações.

Fonte: CAGED / APAS – considera mini, super, hiper, atacado/atacarejo e hortifrutis/sacolão

“Alguns fatores podem explicar este bom resultado de fevereiro, como o aumento da confiança do consumidor, o emprego formal voltando aos poucos, o verão mais quente e a páscoa em abril com expectativas de 5% de aumento de vendas. Devido a este cenário favorável, o setor respondeu com um número de contratações superior aos péssimos resultados dos últimos”, explicou o economista da APAS, Thiago Berka.

Quando se faz uma análise por canal o segmento de Supermercados e Hipermercados ainda é o grande responsável pela maioria das contrações e encerrou fevereiro 839 novas vagas. Por outro lado, o setor de atacado/atacarejo voltou a sofrer com os desligamentos e finalizou o mês com 112 demissões.

“Este resultado se deve porque o canal de super e hiper começou a ter melhores respostas de consumo, com relativa volta do consumidor. Como este tipo de canal emprega mais que atacarejos e atacados, muito por conta da quantidade e tamanho das lojas, sua retomada nas contratações influencia positivamente o emprego”, comentou Berka.

Fonte: CAGED / APAS – considera mini, super, hiper, atacado/atacarejo e hortifrutis/sacolão

Apesar do bom resultado o Estado de São Paulo ficou apenas em terceiro lugar quando olhamos o setor do varejo alimentar. O destaque de fevereiro foram os estados do Paraná e Pará, que ficaram praticamente empatados na liderança com, respectivamente, 836 e 830, vagas criadas. “É interessante observar o resultado destes estados que cresceram consideravelmente o número de funcionários, com uma quantidade menor de lojas”, disse o economista da APAS.

Fonte: CAGED / APAS – considera mini, super, hiper, atacado/atacarejo e hortifrutis/sacolão

Quando olhamos apenas para as cidades do Estado de São Paulo, a capital foi a grande responsável por puxar a forte criação de empregos, com 768 vagas, quase 100 a mais que as 670 obtidas em fevereiro do ano passado. Em segundo lugar aparece Mauá, na região do ABCDM paulista, com 182 contratados, um número muito melhor que as 145 demissões no mesmo mês de 2018.

Fonte: CAGED / APAS – considera mini, super, hiper, atacado/atacarejo e hortifrutis/sacolão

Histórico do setor (mensal e anual)

Fonte: CAGED / APAS – considera mini, super, hiper, atacado/atacarejo e hortifrutis/sacolão

Fonte: CAGED / APAS – considera mini, super, hiper, atacado/atacarejo e hortifrutis/sacolão

Nota Metodológica: a Pesquisa de Emprego dos Supermercados apura mensalmente o comportamento do emprego no setor supermercadista através de dados do CAGED (Cadastro Geral De Empregados E Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego. São coletados dados sobre a Admissão, Demissão, Saldo Mensal e Saldo Total de funcionários ligados a atividade supermercadista, e os indicadores apontam a evolução e o comportamento do setor ao longo do tempo.


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