​Gaeco, TCE e PM: 250 agentes para reprimir fraude em Orlândia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de setembro de 2019 às 10:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:49
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Contratos investigados na Operação Loki superam R$ 14 milhões em fraudes contra a administração

Na manhã desta segunda-feira (16/9), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (Unidade Regional de Ituverava) e com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo (região do Comando de Policiamento do Interior Três – CPI-3), deflagrou a Operação Loki, visando a desarticular extensa organização criminosa, formada por servidores públicos e empresários, responsável por fraudar inúmeras licitações da Prefeitura de Orlândia. 

As investigações se iniciaram há mais de um ano e até o presente momento foram identificadas fraudes em pelo menos 23 licitações, superfaturamento de contratos, além de irregularidades em ao menos 13 contratações por meio de dispensa e inexigibilidade de licitação. 

As licitações sob investigação resultaram na celebração de contratos que somam mais de R$ 14 milhões.

Dentre os investigados, estão diversos funcionários públicos, incluindo secretários municipais, diretores de departamentos, membros da comissão de licitações, engenheiros, advogado, além de empresários.

O nome da operação é uma referência ao deus da mitologia nórdica Loki, conhecido como o pai da mentira, da trapaça, da farsa.

Nesta segunda, foram cumpridos 115 mandados de busca e apreensão nas cidades de Orlândia, Nuporanga, Sales Oliveira, Morro Agudo, São Joaquim da Barra, Ribeirão Preto, Araraquara, Caraguatatuba, Taubaté e Itanhaém, além da capital. 

Na cidade de Orlândia também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em nove prédios públicos, incluindo o Paço Municipal, diversas secretarias (saúde, educação, desenvolvimento e assistência social, infraestrutura), almoxarifado, departamento de licitações, mini hospital e departamento de água e esgoto – DAE.

A execução dos trabalhos contou com a participação de 28 promotores de Justiça de diversas regiões do Estado, 18 servidores do Ministério Público, mais de 200 PMs, além do helicóptero Águia, bem como três agentes de fiscalização e o diretor regional de Ituverava do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. 

As investigações prosseguirão para delimitar a participação de cada um dos integrantes na organização criminosa, bem como para apurar a prática de crimes como corrupção de agentes públicos, lavagem de dinheiro, cartel, falsificação de documentos, além de outras fraudes em licitações.


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