Gaeco investiga ligação de prefeito e vereador com a construtora Pacaembu

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de novembro de 2017 às 14:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:26
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Depoimento de engenheira associa Gilson, seu genro e assessores a possível favorecimento de empresa

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) vai investigar a possível ligação entre o prefeito de Franca, Gilson de Souza (DEM), e a construtora Pacaembu, de Ribeirão Preto, que teria sido beneficiada pela Prefeitura para a aprovação de um loteamento sem o cumprimento dos devidos trâmites legais.

O caso chegou ao Gaeco após o depoimento da engenheira civil da Prefeitura, Aline Salomão Silva Maia, à Comissão Processante que investiga justamente o favorecimento da construtora pela Prefeitura, na liberação do projeto de um loteamento da Pacaembu e na cessão da Praça da Matriz para a venda dos imóveis.

Encerrado o depoimento de Aline, ela foi ao Ministério Público para prestar declarações ao Gaeco. 

Foi acompanhada dos vereadores Adermis Marini, Della Motta e Arroizinho e recebida pelo promotor de Justiça, Rafael Piola.

O Gaeco vai colher o depoimento de Aline e também analisar um áudio gravado pela engenheira, no qual ela estaria conversando com o procurador do município, Eduardo Campanaro, e este teria mencionado o vereador Ilton Ferreira (DEM), o qual afirmaria que vereadores (sem citar nomes) receberiam lotes no condominio.

Aline relatou ainda aos vereadores que diversas reuniões foram realizadas no gabinete. 

Nas mesmas, estariam presentes o prefeito Gilson de Souza, seu então chefe de gabinete, Agostinho Ferreira Sobrinho, o genro de Gilson, Rodrigo Henrique, atual diretor do GCN Publicações, e os procuradores municipais, Campanaro e Eduardo Trancho.

Em todas elas, segundo a engenheira, o foco seria encontrar soluções rápidas para todos os empecilhos que impediam a viabilização do condominio, como questões da instalação da rede elétrica, pela CPFL, e os acessos aos imóveis, nas proximidades do bairro Capitão Heliodoro.

O Gaeco tem muito mais autonomia que a Comissão Processante para investigar a situação e pode, inclusive, solicitar à Justiça a prisão de envolvidos se comprovada alguma prática criminosa ou para evitar a destruição de provas ou a obstrução da justiça, tanto da construtora como de integrantes e ex-integrantes da administração municipal de Franca.


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