Fuvest vai adotar reconhecimento facial para Vestibular 2019 da USP

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de junho de 2018 às 00:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:48
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Tecnologia substitui a coleta da impressão digital feita em papel e será somada ao uso de documento pessoal

A Fuvest utilizará a
tecnologia de reconhecimento facial no vestibular da Universidade de São Paulo
(USP) 2019 para aumentar o controle de segurança do exame e agilizar a
identificação dos vestibulandos. A tecnologia substitui a coleta da impressão
digital feita em papel e será somada ao uso do documento oficial e da
assinatura do vestibulando.

Segundo o diretor executivo da Fuvest,
Renato Freire, o investimento em segurança em todas as etapas do processo de
seleção e fundamental para a confiabilidade do exame. “O reconhecimento facial
eleva nosso patamar de controle sobre quem efetivamente está fazendo a prova.
Pela primeira vez, esta tecnologia é usada para o controle e identificação
adicional dos candidatos. É um processo fácil e não invasivo. Substitui com
vantagens o uso de métodos como impressão digital”, explica Freire.

Ao realizar a inscrição no vestibular, o candidato
envia uma foto que fica armazenada no banco de dados do vestibular. Esta foto e
as imagens coletadas nos dias das provas serão confrontadas. “O processo está
sendo desenvolvido para ser compatível com o sistema de matrícula da USP, que
em 2019 será on-line”, complementa o diretor executivo.

A primeira experiência com o reconhecimento
facial foi feita no último domingo, 10 de junho, durante a prova de
transferência para universitários que queiram estudar na USP. Mais de 1900
candidatos participaram do exame em São Paulo, Piracicaba, Ribeirão Preto e São
Carlos. “O reconhecimento facial foi empregado com sucesso, os candidatos foram
identificados rapidamente. O aplicativo, desenvolvido especificamente para
nossos exames, conta com um algoritmo avançado capaz de detectar informações
precisas. A identificação foi efetiva independente do ângulo do rosto do
candidato e de mudanças no ambiente”, comenta Freire.

Entenda o reconhecimento facial

O reconhecimento facial é uma técnica de biometria baseada nos
traços das pessoas. O rosto de uma pessoa é formado por diversas
características – são os chamados pontos nodais, ou seja, pontos de referência
que determinam essas características. Existem cerca de 80 pontos nodais na face
humana.

Alguns exemplos são a distância entre os olhos, o
comprimento do nariz, o tamanho do queixo e a linha da mandíbula. Cada um
desses pontos nodais é medido e armazenado em uma base de dados, formando a
assinatura facial. A obtenção dessa assinatura completa a etapa de extração de
características.

A tecnologia de reconhecimento facial envolve
reconhecer o rosto que acabou de ser capturado em uma base de dados. Para isso,
compara-se as características extraídas da imagem capturada com as
características armazenadas anteriormente neste banco, utilizando um algoritmo
de comparação facial em busca do dono daquele rosto.

As soluções biométricas em processos seletivos têm
sido cada vez mais utilizadas pelas organizadoras de vestibular para garantir
maior lisura durante as aplicações. Com o auxílio dessas tecnologias, é
possível autenticar a identidade de cada candidato, coibindo e deflagrando fraudes
durante as diversas etapas da prova, inclusive durante o curso.

Dentre as diversas tecnologias presentes no mercado, o
reconhecimento facial é a que tem se mostrando mais promissora, principalmente
por sua comodidade e conveniência.

O
sistema implementado para o vestibular de 2019 conta com uma equipe de
profissionais com mais de 15 anos de experiência em biometrias, que
desenvolveram, em conjunto com a equipe técnica da Fuvest, um aplicativo capaz de registrar as faces dos candidatos
presentes e confrontá-las com a do aluno matriculado
.


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