Fundo Social de Solidariedade amplia projeto “Solidariedade em Fios”

  • Entre linhas
  • Publicado em 5 de outubro de 2018 às 11:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:04
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Qualquer entidade que realize tratamento de câncer pode indicar pessoas para receber prótese capilar

Em comemoração ao aniversário de um ano do projeto Solidariedade em Fios, celebrado no mês do Outubro Rosa, o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo anuncia a ampliação no atendimento que antes era oferecido para pessoas em tratamento no Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP). Agora, além do ICESP, outras entidades que realizam o tratamento da doença também poderão firmar parceria com o Fussesp e indicar pacientes para receber uma prótese capilar gratuita e totalmente personalizada.

Desde a criação do projeto, 129 pessoas foram capacitadas no curso de Confecção de Prótese Capilar e 78 próteses foram entregues. “Muitas pacientes desistem de fazer o tratamento porque sabem que vão perder os cabelos. Esta é uma forma que encontramos de ajudá-las a superar esta fase tão difícil, resgatando a autoestima e a vontade de viver”, comentou a professora Lúcia França, presidente do Fussesp.

O projeto também ganhou uma nova casa, anexa ao local onde as atividades são realizadas atualmente, para atender com mais conforto as pacientes que, logo nos primeiros dias de curso, se encontram com os alunos para uma entrevista baseada nos princípios do visagismo, técnica que leva em consideração as características físicas de cada pessoa para a definição do corte ideal. Desta forma, a prótese capilar é confeccionada exatamente de acordo com o desejo da paciente, que no projeto é chamada carinhosamente de “amiga”.

Carinho nunca é demais

 Para incrementar a ação e fazer com que as pacientes se sintam ainda mais acolhidas, os alunos da Escola de Moda, outro projeto de qualificação profissional do Fussesp, estão confeccionando voluntariamente almofadas que são entregues às pacientes logo no primeiro contato com os alunos do curso de Confecção de Prótese Capilar.

A ação é inspirada no projeto “Heart Pillow Project”, da enfermeira americana Janet Kramer Mai, que afirma que a almofada em formato de coração pode trazer conforto físico e psicológico às pacientes que passam pelo procedimento de retirada da mama. Após a cirurgia, muitas delas se queixam de dores não só no local da intervenção, mas também no braço e no ombro. Ao ser posicionada embaixo da axila, a almofada tem a função de neutralizar a dor e minimizar o desconforto.

“São atitudes simples, mas que fazem bem tanto para quem se dispõe a ajudar como para as pacientes que recebem esse carinho”, comentou a professora Lúcia França, presidente do Fussesp.

Junto com a almofada, é entregue um turbante, também produzido pelos alunos do curso de Corte e Costura da Escola de Moda, com base em modelo especial feito de viscolycra, que “veste” a cabeça e permite que a peça possa ser ajustada para não cair.

Sobre a Escola de Beleza

Novas oportunidades surgem a todo momento no segmento da Beleza, que no Brasil é um dos setores da economia que mais faturam. Em razão desta demanda crescente, a Escola de Beleza surgiu com o objetivo de oferecer qualificação profissional para pessoas interessadas, a partir de 16 anos, em cursos de Assistente de Cabeleireiro, Depilação e Design de Sobrancelhas, Manicure e Pedicure, Maquiagem, Confecção de Prótese Capilar e Megahair. Teoria aliada à prática para que o profissional rapidamente consiga se colocar no mercado de trabalho ou iniciar em um negócio próprio. Desde a criação do projeto, já se formaram 35.060 pessoas.

Sobre a Escola de Moda

Inicialmente, pensando em oferecer oportunidade de emprego para mulheres com mais de 40 anos, e atender a demanda de mão-de-obra qualificada para a indústria e o setor de serviços, foi criada em 2011 a Escola de Moda. Atualmente, são oferecidos cursos de Corte e Costura, Modelagem, Bordado em Pedraria, Bordado em Linha, Crochê e Confecção de Uniformes Escolares. Qualquer pessoa com mais de 16 anos pode participar, mesmo que não tenha experiência neste segmento. Desde a criação do projeto, já se formaram 36.397 pessoas.


+ Saúde