​Frente de vereadores segue mapeando moradores de rua por toda a cidade

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de julho de 2017 às 17:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:16
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

No Jardim Barão, pessoas vivem em um vestiário abandonado e constroem início de favela

A frente de vereadores que está conhecendo de perto e mapeando a situação dos moradores de rua de Franca esteve, na última sexta-feira, em um local onde um grupo de pessoas vive em condição subumana.

Trata-se de um espaço público localizado nas proximidades da Avenida Orlando Dompieri, altura do Jardim Barão, no antigo campo do Imperial. Naquele local, em um vestiário abandonado, vive um casal. Não há móveis, somente colchões velhos e cobertores espalhados pelo chão. Não tem água e nem energia elétrica.

A miséria é tamanha que, na laje do vestiário, vive mais uma pessoa. Um homem, que veio da Bahia e não quer voltar para a sua terra natal. Um pouco mais adiante, em barracas improvisadas com madeira, papelão e cobertores, estão mais três pessoas, inclusive uma mulher grávida.

Os vereadores Della Motta (Podemos), Kaká (PSDB), Adermis Marini (PSDB) e Cristina Vitorino (PRB) conheceram os barracos, conversaram com os ocupantes da área, todos viciados em bebida alcoolica, crack ou em ambos.

Eles convivem com o medo de serem expulsos da área pela Prefeitura e divididos entre a vontade de se tratar contra a dependência química e de usar ainda mais entorpecentes. “É um início de favela em Franca. O poder público precisa agir rapidamente e impedir que isso se alastre”, disse Adermis.

Kaká também entende que a vida dessas pessoas é um bem importante, que precisa receber os devidos cuidados. “Vejo que a Prefeitura tem que estar presente. O que tem de ser feito é oferecer condições para que aqueles que tiverem a vontade de se tratar, de se livrar do vício, tenham essa oportunidade”.

Na opinião de Della Motta, os vereadores estão fazendo a parte deles, em conhecer os locais e informar o município sobre o que está acontecendo. “As vizinhanças desses pontos onde se acumulam os moradores de rua sofrem com diversos problemas relacionados à presença deles. E também sofre os moradores de rua, pois vivem em condições extremamente precárias”, explicou o vereador.

Por fim, no entendimento de Cristina Vitorino, Franca está crescendo muito e com isso terá de aprender a lidar com questões como esta com mais naturalidade e agilidade. “É um problema típico de grandes cidades e teremos de conviver com essa realidade. Mas não de forma passiva, é preciso enfrentar o problema de frente, com coragem e disposição”, afirmou a vereadora.

Esta foi a terceira incursão dos vereadores, que também já estiveram em outros locais onde as pessoas vivem de forma precária, como na área externa do albergue municipal, na Vila Gosuen, e no prédio abandonado do “piscinão”, nas proximidades da rotatória da Chevrolet, na Ismael Alonso y Alonso. Além das indicações, a Frente Parlamentar estuda projetos e programas que possam ajudar a minimizar a situação.


+ Política