Francana é uma das 42 autoras de redação com nota mil do Enem 2018

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 18:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Aimée Utuni, uma das melhores redações do exame, pretende usar a nota para cursar Medicina

Mulheres são maioria
entre os candidatos “nota mil” na redação do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem).

Das 55 redações que
tiraram a nota máxima na prova, 42, ou seja, 76%, foram escritas por mulheres,
informou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), responsável pelo exame.

O Enem foi aplicado
nos dias 04 e 11 de novembro a mais de 4,1 milhões de estudantes em todo o
país. O tema da redação foi
Manipulação do Comportamento do Usuário pelo Controle de Dados na Internet
.

A maior parte dos estudantes com a nota máxima é da Região
Sudeste, que concentrou 33 dos melhores textos – 14 eram do Rio de Janeiro e 14
de Minas Gerais. A Região Nordeste aparece em segundo lugar, com 14 textos nota
mil. Em relação aos municípios, o Rio de Janeiro lidera com cinco redações,
seguido por Fortaleza, com quatro.

Estudante nota mil

A estudante Aimée Utuni foi a única nota mil de Franca, São
Paulo. Aimée conta que, para treinar escrevia quatro redações por semana. Com a
proxmidade do exame, a estudante chegou a fazer 30. “Na hora que eu vi a minha
nota, não acreditei. Sabia que seria alta, mas não mil”.  

Aimée, que pretende usar a nota do Enem para concorrer a uma
vaga em curso de medicina, diz que sempre gostou muito de ler e escrever, mas o
diferencial, segundo ela, foram os estudos de filosofia. “Com a filosofia,
aprende-se a enxergar o mundo ao redor de uma maneira que não seja superficial.
Entende-se além e não se fica no senso comum.”

Para a estudante, o tema deste ano é algo que faz parte do
cotidiano. “Hoje você faz uma pesquisa do Google sobre sapato, vai ao Facebook
e, de repente, aparece oferta de sapato. É o que está acontecendo, e tem muita
gente sendo enganada com isso.”

Como proposta de intervenção social, uma das exigências da redação
do Enem, Aimée menciona a população e diz que é preciso desconfiar mais da
internet: “É preciso buscar fontes seguras de conhecimento e formular a própria
opinião. Não ler algo na internet já achando que é verdade.”


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