Franca perde posição no ranking VerdeAzul que avalia políticas ambientais

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 11:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:31
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Só quatro municípios da região atingiram nota mínima que garante prioridade na captação de recursos

Com uma cidade entre as 16 piores avaliações em políticas ambientais do Estado, a região de Ribeirão Preto teve apenas quatro de seus 66 municípios certificados pelo selo “Verde Azul” em 2017.

Criado em 2007, o programa é parâmetro para autoridades direcionarem políticas públicas e consiste na avaliação de dez quesitos, tais como tratamento de esgoto, biodiversidade, arborização urbana, educação ambiental e qualidade do ar.

Enquanto Sertãozinho, Pirangi, Monte Alto e Pradópolis conseguiram nota acima dos 80 pontos, as outras 62 tiveram avaliação insuficiente e ficaram fora da lista de prioridade para captação de recursos do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop).

O pior desempenho ficou com Barrinha, entre as 16 piores de São Paulo com nota 5,58 e a posição de número 575. A cidade zerou em critérios como arborização urbana, conselho ambiental, estrutura e educação ambiental, além de tirar notas abaixo de 1 em esgoto tratado e biodiversidade.

Além de não terem sido aprovadas, três das principais cidades da região – Ribeirão, Franca e Barretos – perderam posições no ranking.

Com 69,42 pontos, Ribeirão Preto caiu da 43ª posição – que lhe garantia recursos no ano passado – para a 79ª no ranking geral, principalmente em função de notas baixas em esgoto tratado e piora na avaliação ligada à arborização.

Depois de figurar na oitava posição em 2016, Franca caiu para a 92ª este ano, sobretudo com piores avaliações em esgoto tratado, gestão de águas e arborização.

Barretos também caiu na classificação estadual, saindo da 72ª posição para a 381ª. Município sustentável, resíduos sólidos e gestão de águas foram alguns dos quesitos com os piores resultados.

Cidades certificadas

Os municípios com as melhores pontuações da região no ranking estadual tiveram notas entre 80,06 e 87,39, enquanto que a primeira colocada no Estado, Novo Horizonte, obteve 97,45.

Destas, a mais alta ficou com Sertãozinho, na 16ª posição, com notas máximas em diretivas como conselho ambiental e resíduos sólidos.

A cidade é seguida por Pirangi (22ª), com 85,21 pontos, sobretudo pelos resultados obtidos em conselho ambiental e educação ambiental. Monte Alto ficou na 24ª com 84,97 pontos e Pradópolis, na 47ª, teve 80,06.

Prefeituras

Procuradas, as Prefeituras de Barrinha e de Franca não comentaram os resultados.

Para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, o desempenho da cidade em 2017 não é o ideal, mas o município não está longe de conseguir índices mais satisfatórios. A pasta também menciona mudanças na estrutura do programa e nos métodos de avaliação diante do resultado apresentado este ano em arborização e esgoto tratado.

A administração espera uma melhora com medidas já tomadas como com relação à revisão do Plano Diretor, com revisões do Código Municipal do Meio Ambiente e de Uso e Ocupação do Solo, e avanço da rede coletora de esgotos.

Questionada sobre a queda no ranking, a Prefeitura de Barretos informou que deixou de participar do programa porque a reformulação dos critérios tornou as exigências inviáveis para o município.


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