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Cidades não conseguiram passar sequer de 25% da cobertura vacinal na campanha de 2017
Cinco municípios da região (além de Franca, mais dois próximos – Cristais Paulista e Ribeirão Corrente) não conseguiram atingir 50% da cobertura vacinal contra a poliomielite em crianças com menos de um ano de idade em 2017.
Segundo o Ministério da Saúde, autoridades foram alertadas em Ribeirão Corrente, Cristais Paulista, Franca, Guariba e em Jaboticabal..
O Brasil não registra casos da doença desde 1990.
Os índices preocupam as autoridades, que temem o retorno da doença. A meta do Ministério da Saúde é manter 95% das crianças imunizadas em todas as cidades.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, em 2015, a cobertura de vacinação contra a polio no país foi de 95%; em 2016, caiu para 83% e, em 2017, foi para 69,5%.
No ano passado, 312 municípios, sendo 44 no Estado de São Paulo, cinco deles na região de Ribeirão Preto (SP), vacinaram menos de 50% das crianças na faixa etária até um ano de idade.
O índice mais baixo foi registrado em Ribeirão Corrente, que atingiu 16,22% da meta. Nas demais cidades, a meta também ficou muito abaixo do esperado:
- Cristais Paulista: 20,79%
- Franca: 24,10%
- Guariba: 32,26%
- Jaboticabal: 44,44%
A doença
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença provocada por um vírus que afeta o sistema nervoso e pode levar à paralisia irreversível dos membros. A diretora de imunização da Secretaria Estadual da Saúde, Helena Sato, reforça a importância da vacinação.
“Nesse infecto pela poliomelite, em torno de 20% das crianças poderão ter a forma paralisia, o que poderá comprometer os membros inferiores pelo resto da vida. As pessoas viajam muito entre os continentes, então, é necessário imunizar”, diz.
A transmissão da doença pode ocorrer de pessoa para pessoa pela saliva, pela água e por alimentos contaminados.
“Uma criança que se infecta pelo polivírus, que causa a paralisia, se por um acaso mora em uma região, bairro ou rua, onde não tem saneamento básico, o contágio pode ser disseminado pelo esgoto, pelas águas e poderá contaminar outras crianças que não estejam vacinadas adequadamente”, explica a diretora.
Prefeituras
Em nota, a Secretaria de Saúde de Jaboticabal informou que tem intensificado as campanhas de conscientização e facilitado o acesso à vacina, que está disponível diariamente em todos os postos de saúde.
A coordenadora da Vigilância Sanitária de Guariba, Cecília Miranda Vilela, informou que um problema no sistema de registro da Secretaria Municipal de Saúde prejudicou o envio correto dos números ao Ministério da Saúde.
“Conseguimos resolver esse problema no sistema em abril desse ano. A cidade sempre manteve a cobertura da vacina em 100%. Mesmo assim, vamos intensificar a campanha de vacinação nas pré-escolas e creches”, disse.
Segundo o secretário de Saúde de Ribeirão Corrente Etiene Silva, uma reunião será feira com a equipe responsável pelas vacinas para intensificar a campanha. “Fizemos uma ação para divulgar a vacinação, mas não teve adesão. Vamos repeti-la e buscar saber o por que não atingimos a meta.”
Procuradas, as prefeituras de Franca e de Cristais Paulistas não comentaram o assunto até a publicação desta matéria.
Vacinação
A primeira dose da vacina deve ser aplicada quando o bebê completar dois meses. A segunda dose acontece aos quatro meses e a terceira, aos seis meses.
O primeiro reforço deve ser aos 15 meses de idade e o segundo reforço, aos quatro anos de idade.
O Ministério da Saúde recomenda que todos os pais e responsáveis mantenham as cadernetas de vacinação atualizadas, em especial para as crianças menores de cinco anos, que devem ser vacinadas conforme o calendário.
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite acontecerá de 6 a 31 de agosto.