Filho de fumante tem mais chance de morrer de doenças do pulmão

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de agosto de 2018 às 22:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:58
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Sociedade Americana do Câncer mediu impacto na vida de crianças com pais fumantes e ele é preocupante

Crianças que crescem ao lado
de adultos fumantes têm mais risco de morrer de uma doença grave de pulmão,
mesmo se elas próprias não fumarem na vida futura.

É o que aponta uma nova pesquisa da Sociedade Americana
do Câncer. Já era sabido que crianças cujos pais fumam têm mais risco de
desenvolver problemas pulmonares ou vasculares na infância – como asma ou
aumento da pressão sanguínea. Mas nunca antes uma pesquisa havia demonstrado o
efeito na vida adulta.

A pesquisa analisou a saúde de
70,9 mil pessoas não fumantes, homens e mulheres, que vinham sendo acompanhadas
há mais de duas décadas. Um terço delas, inclusive, já tinha falecido antes da
pesquisa.

O resultado da análise é que as pessoas que conviveram
com um adulto fumante apresentaram mais complicações de saúde ao longo da vida.

A exposição a fumaça de cigarro na infância, por dez
horas ou mais por semana, aumentou o risco de morte na vida adulta por doença
pulmonar obstrutiva crônica em 42%, doença cardíaca isquêmica em 27%, e
acidente vascular cerebral em 23% – em comparação com aqueles que não
conviveram com fumantes quando crianças.

O estudo foi publicado no periódico científico
“American Journal of Preventive Medicine”.

Parar de fumar é a melhor forma de proteger as
crianças – e a si próprio

Segundo os pesquisadores, a melhor forma de proteger as crianças é parar
de fumar. “Este último estudo dá mais um argumento para retirar a fumaça de
perto das crianças. A melhor forma de fazer isso é os pais pararem de
fumar”, afirma Hazel Cheeseman, do grupo ativista Action on Smoking and
Health (Ação sobre o Fumo e a Saúde, na tradução livre para o português).


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