Festival de Woodstock fez 50 anos em 2019: isso pode cair na sua prova

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 26 de outubro de 2019 às 18:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:57
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Realizado entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969, evento foi marco da contracultura; pode cair no vestibular

​Há 50 anos acontecia o que ficaria marcado como um dos mais conhecidos festivais de música de todos os tempos. 

Ocorrido entre os dia 15 e 17 de agosto de 1969, o Festival de Woodstock reuniu mais de 400.000 mil pessoas em uma fazenda de laticínios em Bethel, cidade do estado de Nova York, nos Estados Unidos – de 2,3 mil habitantes apenas.

O evento foi considerado um marco da contracultura, que se desenvolveu na década de 1950 e 1960, e de grande importância para os jovens da época que estavam envolvidos com os ideais do movimento hippie. 

Os jovens puderam acompanhar a apresentação de grandes artistas da época. 

Em um primeiro momento, os organizadores esperavam lucrar com o evento, mas a mobilização foi tão grande, que a entrada foi liberada gratuitamente.  

O nome do evento foi escolhido em homenagem à cidade que o receberia, mas por problemas logísticos, a fazenda em Bethel se tornou a melhor opção. Para não gerar confusão, o nome em referência a Woodstock foi mantido.

Foram vendidos 186 mil ingressos antecipados, mas os organizadores não acreditavam que esse número seria praticamente triplicado. 

Contexto

No ano do festival, 1969, a população norte-americana estava questionando a Guerra do Vietnã e existia uma forte revolta social após o assassinato de Martin Luther King, líder que lutava pelos direitos civis dos negros, no ano anterior.

Naquele momento, o mundo estava bipolarizado entre as grandes potências, Estados Unidos e a antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e a Guerra Fria encarava seu auge.

No Brasil, o movimento hippie chegou a influenciar o movimento cultural Tropicalismo, que ficou marcado pelas figuras de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé. 

O legado

Como o festival foi um sucesso de público e em termos históricos, ocorreram tentativas de repeti-lo. 

Em 1994, o evento completou 25 anos e, embora tenha contato com grandes patrocinadores, acabou fracassando. 

O mesmo aconteceu na comemoração dos 30 anos, em que acusações de violência sexual e protestos se destacaram.  

Já em 2019, um dos organizadores do primeiro festival, Michael Lang, tentou recriar o evento, que acabou sendo cancelado por problemas de licença e de artistas que cancelaram a presença por não terem recebido pagamento.

O festival 

Por receber mais pessoas do que o esperado, cidades vizinhas tiveram que ajudar com a doação de alimentos e mantimentos de forma geral. 

Por causa da chuva, formaram-se grandes piscinas de lama – outra característica marcante do festival – na qual os jovens pulavam e dançavam. 

Apesar do ambiente estar superlotado por uma multidão, o festival foi extremamente organizado e pacífico. 

Infelizmente, três pessoas faleceram no evento. Uma pessoa por overdose, outra por rompimento de apêndice e outra morreu após ser atropelada por um trator em um campo próximo enquanto dormia. 

Algo que fez toda a diferença no festival foram suas atrações. Reunindo grandes nomes da música, o evento contou com 32 bandas e artistas, como Jimi Hendrix, The Who, Janis Joplin e Joe Cocker, entre outros. 

Um dos momentos mais icônicos, inclusive, foi quando Hendrix executou o hino dos Estados Unidos com notas que faziam referência a bombas. 

A previsão era que o evento terminasse no domingo, mas o artista entrou no palco apenas às 9h da manhã da segunda-feira. 

Devido sua magnitude e impacto, é inegável a importância do festival para toda uma geração que enxergava uma série de problemas no mundo ao seu redor.



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