Febre amarela: na rede privada, vacina só em março – e bem mais cara

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 01:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:32
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Desde 2017, houve um aumento de 300% na disponibilização de doses em clínicas de vacinação privadas

​A vacina contra a febre amarela continua em falta nas clínicas particulares de São Paulo e Campinas e a previsão de chegada de novas unidades é apenas para o mês de março na capital e no mês de abril no interior. O laboratório francês Sanofi-Pasteur, único fabricante da vacina para a rede privada, conseguiu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e antecipou a importação de um lote de vacinas que devem chegar no Brasil nos próximos 30 dias. Por questões de segurança, o laboratório não informa a quantidade de doses disponíveis no lote e nem para quais clínicas ou cidades serão entregues.

O problema de desabastecimento nas clínicas particulares ocorre porque o laboratório francês Sanofi-Pasteur é o único fabricante da vacina da febre amarela para a rede privada. Segundo a assessoria de imprensa, o laboratório não esperava esse aumento na demanda e depende da importação do produto.

Os preços das vacinas poderão sofrer alterações devido a demanda – enquanto estavam sendo comercializadas, custavam entre R$ 180,00 a R$ 260,00.

Em nota, a Sanofi informou que “tanto o laboratório quanto a Anvisa estão empreendendo todos os esforços para acelerar a importação e disponibilizar esta vacina o mais rapidamente possível. Diz ainda que em 2017 houve um aumento de 300% na disponibilização de doses em comparação ao ano de 2016 para as clínicas de vacinação privadas.”

Campanha nacional

Segundo o Ministério da Saúde, em 2017 foram registrados 2.300 casos da doença em diversos estados e 300 mortes num período de 8 meses. O número de mortes no estado de São Paulo subiu para 36 desde janeiro do ano passado, segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. Ao todo, foram 81 casos confirmados de contágio da doença. Dos 81 casos, 41 foram em Mairiporã, na Grande São Paulo, por isso a correria em busca da vacina.

O governo vai fracionar a dose da vacina numa estratégia para evitar a expansão do vírus. A dose original é de 0,5 ml e dura por toda a vida – a dose fracionada será de 0,1 ml e, segundo o ministério, terá validade por 8 anos, embora estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) falem em apenas 1 ano.


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