Fator político vai pesar na nomeação das secretarias ainda sem comandante

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de agosto de 2017 às 06:12
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:17
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Critérios técnicos poderão ser deixados em segundo plano na escolha do primeiro escalão

Metade dos cargos de secretário municipal permanece, até agora, quase duas semanas após a aprovação do projeto de criação de cargos comissionados, sem um comandante. 

A demora destoa do discurso do governo antes da aprovação do projeto pela Câmara Municipal, de que, sem os comissionados, o governo ficaria estagnado.

A demora acontece por duas razões: pela dificuldade do governo em atrair nomes interessantes e os critérios de escolhas determinados pelo governo, não só técnicos, mas sobretudo políticos.

Com algumas exceções, como Rodolfo de Moraes, que é médico,  Neide Lopes, já tarimbada na Secretaria de Finanças, e Rosaura Zúcollo, de Obras e Serviços, os secretários já nomeados até aqui comprovam essa tese. 

A começar da Secretaria de Assuntos Estratégicos, ou “supersecretaria”, como tem sido chamada.

O ocupante do cargo é Thiago Comparini, que entrou na Prefeitura para cuidar do setor de TI – Tecnologia da Informação, sua área de formação, foi promovido a chefe de Gabinete e agora a “supersecretário”. 

Ele foi indicado a Gilson pelo vereador Corrêa Neves Júnior​, para quem trabalhou, em sua empresa, justamente na TI.

Outro exemplo é Edgar Ajax, que saiu da pequena Rifaina para assumir a Secretaria de Ação Social e agora, na reforma de Gilson de Souza (DEM), foi alçado  Secretário de Educação. 

No cargo, ele comanda centenas se professores, diretores, coordenadores e servidores, sendo responsável por dezenas de milhares de alunos. 

Ajax é aliado antigo de Gilson e amigo pessoal de seus familiares mais próximos.

Nas pastas restantes, mais uma vez, o critério político pode prevalecer. 

Marlon Centeno é cotado para a Secretaria de Esportes, pasta que ele próprio era resistente quanto à criação; Trânsito e Cidadania, que ficaria com Márcio Antônio dos Santos, que acabou preterido, está “sem dono”, mas pode abrigar representante de algum partido político de Franca ou até da região.

Outras nomeações de cargos de confiança, de agora e do início do mandato, ou FGs – Funções Gratificadas – demonstram isso, como a escolha de um profissional de açougue para  Controladoria do contrato da coleta do lixo, da nora de Gilson de Souza para cargo de chefia na Secretaria de Educação e da irmã na nora para a direção de uma escola municipal, entre várias outras situações parecidas.


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