Fármaco para tratar impotência sexual pode ser eficaz contra Covid-19

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 7 de agosto de 2020 às 12:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:04
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O medicamento conhecido como aviptadil, É prescrito para indivíduos que sofrem de disfunção erétil

O medicamento conhecido como aviptadil, prescrito para indivíduos que sofrem de disfunção erétil pode, segundo pesquisadores, funcionar no combate contra a Covid-19. 

Autoridades de saúde nos Estados Unidos encaminharam o fármaco para aprovação rápida, após os primeiros sinais de sucesso, segundo informações do jornal The Sun. 

E apesar do medicamento aviptadil ainda estar sendo submetido a ensaios clínicos, a verdade é que ele já tem sido utilizado em casos graves de coronavírus. 

Médicos do Hospital Houston Methodist, no estado do Texas, dizem que o aviptadil ajudou um homem em estado crítico, facilitando a sua “recuperação rápida”. 

O paciente, de 54 anos, desenvolveu Covid-19 enquanto estava sendo tratado pela rejeição de um transplante pulmonar duplo. 

Porém, foi retirado o ventilador no espaço de quatro dias após ter começado a ser tratado com o aviptadil, também denominado RLF-100. 

Os médicos daquele hospital no Texas afirmam ainda que mais 15 pessoas criticamente doentes recuperaram de falência respiratória três dias depois de terem sido sujeitos ao tratamento. 

O RLF-100 é normalmente administrado a pacientes que sofrem de impotência. É, em combinação com a fentolamina, injetado nos genitais dos homens. 

Entretanto, outra pesquisa realizada no Brasil, concluiu que o aviptadil bloqueia o coronavírus SARS-CoV-2 de se multiplicar nas células pulmonares humanas e nas células imunes em laboratório. 

Jonathan Javitt, que desenvolve o fármaco na farmacêutica NeuroRx, disse: “mais nenhum agente antiviral demonstrou a mesma capacidade de recuperação rápida de uma infecção viral e demonstrou a habilidade de inibir a replicação viral em laboratório”.

Os médicos aguardam agora os resultados formais de cinco ensaios clínicos que envolvem cinco hospitais nos Estados Unidos e 70 pacientes com quadros menos severos de Covid-19. Alguns receberam realmente o fármaco e outros um placebo, de modo a entender se ocorre uma diferença nos resultados. 

Espera-se que o medicamento consiga prevenir a progressão da doença quando for tomado num estágio inicial. 


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