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Com quase 1,6 mil presos, o dobro da capacidade prevista, unidade prisional pode entrar em colapso
O CDP (Centro de Detenção Provisória), que agora é Penitenciária de Franca, está se tornando uma bomba-relógio. A afirmação é de familiares de detentos que estão recolhidos no local. Segundo C., o clima é de tensão com a superlotação e também com a provável chegada de presos condenados.
A unidade prisional foi projetada para receber 847 presos, mas atualmente conta com quase 1,6 mil. Este é um dos motivos de preocupação, segundo a sapateira, que tem um filho preso. “Ele falou que está tudo complicado, para comer, tomar banho, falta espaço para dormir, fora o risco de doença. Os presos podem se rebelar a qualquer momento por causa disso”, afirmou.
Outro ponto de tensão é a transformação da unidade para presos provisórios, que ainda não foram julgados, para penitenciária. O nível de periculosidade dos detentos passa a ser outro e isso também preocupa quem já está recolhido em Franca.
“Meu irmão disse que a presença de facções deve se tornar muito mais acentuada com a chegada dos condenados. Já existe, mas não é tão forte ainda”, disse MG, cujo irmão está detido por tráfico de drogas.
Embora sejam muitas reclamações, não deve haver mudanças na iniciativa do Estado. A Câmara de Franca e outros políticos têm se manifestado mas, até agora, a Secretaria de Administração Penitenciária e o governador Geraldo Alckmin nada disseram, sendo que a medida foi adotada sem qualquer consulta à população ou autoridades de Franca.