Facebook remove rede brasileira que comprava e vendia ‘likes’ falsos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de agosto de 2018 às 18:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:56
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Grupo usava várias contas e páginas para compra e venda de reações e seguidores em falso engajamento

O Facebook informou nesta
quarta-feira, 15 de agosto, que removeu uma rede no Brasil cujo objetivo seria
de falsamente ampliar o engajamento em busca de ganho financeiro.

A rede de 72 grupos, 50 contas
e cinco páginas teria violado as políticas de autenticidade e spam e encorajado
e permitido a obtenção de seguidores e curtidas, além da troca de páginas.

Em comunicado, a rede social
informou que uma entidade identificada como PCSD, baseada no Brasil, usou esses
grupos, contas e páginas para a compra e venda de reações, seguidores e
páginas, violando os padrões da comunidade. “Nós não permitimos um
comportamento inautêntico coordenado e estamos banindo o PCSD de nossa
plataforma”, afirmou o Facebook em nota.

A rede do Brasil teria sido
detectada pelo Digital Forensic Research Lab (DRFLab) durante uma investigação
sobre a falsa amplificação de páginas políticas na recente eleição do México.

Em relatório, o DRFLab, uma unidade da organização não
governamental Atlantic Council, dos EUA, afirma que esse tipo de rede “tem
potencial para distorcer o debate online na campanha eleitoral brasileira,
permitindo a clientes criar a falsa impressão de popularidade ao fornecer
seguidores e ‘likes’ espúrios, como foi visto no México”. O relatório não
menciona candidatos ou partidos.

O Facebook afirma que, apenas no primeiro trimestre do ano, foram
removidos 837 milhões de conteúdos de spam, e derrubados 583 milhões de contas
falsas em todo o mundo.

Rede de desinformação

Em julho, o Facebook afirmou ter excluído páginas que afirmou serem de
uma ‘rede de desinformação’. A rede social não especificou quais eram os perfis
envolvidos, mas o Movimento Brasil Livre (MBL) informou que diversos dos seus
coordenadores foram afetados.

O Facebook disse em um comunicado que desativou 196 páginas e 87 contas
no Brasil por sua participação em “uma rede coordenada que se ocultava com
o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a
origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar
desinformação”.

O MB L, que ganhou destaque ao
liderar protestos em 2016 pelo impeachment da então presidente Dilma Roussefff,
afirmou na ocasião que a retirada de suas contas do ar foi arbitrária.


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