Facebook exigirá autorização para páginas de grande audiência

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de agosto de 2018 às 20:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:56
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A exigência será implementada nos Estados Unidos, mas não há previsão de quando ela passará a valer no Brasil

O Facebook anunciou nesta
sexta-feira, 10 de agosto, um novo sistema de autorização para os responsáveis
por páginas de grandes audiências.

A novidade faz parte
de medidas adotadas pela plataforma nos últimos meses com o intuito de dar
resposta às críticas pela difusão de desinformação e multiplicação de discurso
de ódio no interior da rede.

A exigência será implementada inicialmente nos
Estados Unidos e deve depois ser expandida para outros países. Mas não há
previsão de quando ela passará a valer no Brasil. O objetivo é tornar “mais
difícil para que contas falsas possam administrar uma página”, explicou a
empresa em comunicado anunciando as ferramentas.

Para seguir publicando, os responsáveis pelas
páginas terão de fazer um tipo de
acesso mais seguro denominado “autenticação de dois fatores”. Além disso, a
pessoa deverá confirmar o local de residência dela.

Informações

Outra medida anunciada foi a inclusão de mais
dados sobre as páginas na seção “Informações e Anúncios”. O Facebook já havia
anunciado que disponibilizaria registros sobre as páginas para que os usuários
pudessem conhecê-la, como a data de criação. No comunicado divulgado hoje,
a empresa informou que vai identificar também se uma página foi mesclada com
outra.

Também será incluída uma seção denominada “Pessoas
que gerenciam esta página”. Nela, diz a nota da companhia, será informado o
país dos responsáveis. O mecanismo é uma resposta às acusações que o Facebook
teria permitido a atuação de pessoas e organizações russas no debate das
eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016.

A preocupação com a possível influência decorrente
dessa atuação motivou a abertura de uma investigação no Congresso americano no
ano passado. Também foi alvo de questionamentos durante o depoimento que o
presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, deu ao parlamento do país em maio
deste ano.


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