​Exportação de calçados cai pelo 4º mês consecutivo e confirma crise no setor

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de setembro de 2018 às 11:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:00
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Em agosto, queda foi de 7,5% em volume e de 9,2% na receita no comparativo com ano passado

Pelo quarto mês consecutivo, as exportações de calçados brasileiros apresentaram queda, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (10) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Em agosto, foram embarcados 8,8 milhões de pares por US$ 82,9 milhões, o que representa queda de 7,3% em volume e de 9,2% em receita no comparativo com agosto de 2017.

No acumulado de janeiro a agosto, foram vendidos ao exterior 69 milhões de pares, o que equivale a US$ 628,3 milhões, uma queda de 10,2% na receita no comparativo com igual período de 2017. “Apesar do dólar valorizado ante o real, o que tornaria o produto brasileiro mais competitivo no exterior, existe uma desvalorização generalizada das moedas dos principais clientes internacionais frente à moeda norte-americana, o que anula o efeito positivo que o fato poderia ter nos embarques”, disse o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein.

A Argentina, principal comprador dos calçados brasileiros no exterior, passa por momentos turbulentos na economia e viu sua moeda perder 50% do valor em relação ao dólar em 2018. Para Klein, dificilmente haverá uma recuperação nas exportações nos próximos meses. “Se tivermos algum incremento, ele virá nos meses de novembro e dezembro, quando iniciam os embarques dos calçados de outono-inverno”, projetou.

Destinos

Apesar da baixa, a Argentina continua sendo o principal comprador de calçados brasileiros. Agosto registrou queda de 14% em volume para o país vizinho, e em receita, houve alta de 16% em relação a agosto de 2017.

O segundo lugar segue sendo dos Estados Unidos, que no mês passado registrou altas de 9,3% em volume e 13,4% em receita em igual comparativo. A França segue em terceiro lugar, e em agosto comprou 41,6% a menos em volume e 20,5% a menos em receita, no mesmo comparativo.


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