Estudo da Unesp indica que isolamento social salvou pelo menos 10 mil vidas

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  • Publicado em 3 de junho de 2020 às 21:33
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:48
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Trabalho foi desenvolvido pela Unesp em parceria com outras instituições do país e de fora

Autores do artigo 'Social distancing measures could have reduced estimated deaths related to COVID-19 in Brazil'

C​om base em modelos matemáticos, os professores Vitor Engrácia Valenti, da Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp (Universidade Estadual Paulista), câmpus de Marília – SP; Gustavo Nakamura Alves Vieira, do Departamento de Engenharia, Física e Matemática do Instituto de Química da Unesp, câmpus de Araraquara – SP; Pedro de Lemos Menezes da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Unicisal); David M. Garner, do Departamento de Biologia e Ciências Médicas, Faculdade de Saúde e Ciências da Vida, da Oxford Brookes University e a Ana Carolina Gonçalves de Abreu, da Faculdade de Medicina de Cajazeiras; avaliam que o distanciamento social no Brasil foi o responsável por reduzir o número de mortes por Covid-19 em 10 mil casos, ao longo de 30 dias.    

Foram delineados três cenários: otimista, realista e pessimista acerca das mortes relacionadas à Covid-19 no país.

O modelo otimista foi calculado no período em que a índice de mobilidade variou entre 40 e 60%. 

No realista, o parâmetro foi o índice de mobilidade menor que 40%, de acordo com medidas de distanciamento social relaxado. 

Já o modelo pessimista foi avaliado com base na ausência de medidas preventivas, em que o número de óbitos diários notificados dobra a cada 3 ou 5 dias.

Até o dia 24 de maio de 2020, foram notificadas 22.965 mortes, enquanto foram projetadas 17.452 mortes para o modelo otimista, 22.623 para o modelo realista e 32.825 para o modelo pessimista. 

Em vista da estimativa projetada na pesquisa, é indicado que cerca de 10.000 vidas foram salvas com distanciamento social.

O modelo matemático prevê 40.623 mortes em 9 de junho de 2020. O modelo pessimista máximo prevê 64.310 mortes e o mais otimista 31.384. 

Projeções realizadas com base em dados coletados até o dia 24 de maio. 

O estudo completo foi publicado no Journal of Human Growth and Development – JHGD, periódico de edição quadrimestral da USP (Universidade de São Paulo), com foco em estudos sobre o crescimento e desenvolvimento humano.

O artigo completo pode ser lido no link: http://jhgd.com.br/wp-content/uploads/2020/05/01-Social-distancing-and-COVID-19-deaths-in-Brazil.pdf


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