Conselho Federal de Medicina lança código de ética para alunos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de agosto de 2018 às 13:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:56
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A iniciativa oferece um conjunto de princípios para balizar as relações dentro e fora das salas de aula

Organização de trotes responsáveis,
respeito ao sigilo, uso ético de cadáveres durante atividades de ensino e
prevenção ao assédio moral e às relações abusivas nas escolas são alguns dos
temas abordados no primeiro Código de Ética do Estudante de Medicina.

A iniciativa, de acordo com o
Conselho Federal de Medicina (CFM), oferece um conjunto de princípios para
balizar as relações dentro e fora das salas de aula. “Anteriormente, no Brasil,
algumas instituições de ensino e conselhos regionais de medicina haviam
elaborado textos com o mesmo objetivo, mas com abrangência local”, destacou a
entidade, por meio de nota.

O documento tem 45 artigos
organizados em seis eixos que ressaltam atitudes, práticas e princípios morais
e éticos e se inspira em experiências de códigos semelhantes editados em países
como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.

O trabalho de elaboração do código de
ética, segundo o CFM, teve início há dois anos e foi concluído durante fórum
específico com a participação de representantes de várias entidades que mantêm
interface com o tema. Médicos, estudantes, academias e outras organizações da
sociedade civil também puderam contribuir com as formulações, encaminhando sugestões
por meio de uma plataforma eletrônica. Ao todo, foram recebidas 272
contribuições. “A formação dos futuros médicos na graduação deve proporcionar
aos estudantes o incentivo ao aperfeiçoamento da capacidade de lidar com
problemas nos campos da moral e da ética em sinergia com as atividades
relacionadas ao ensino e à prática profissional”, avaliou o presidente do CFM e
coordenador da Comissão Nacional de Elaboração do Código de Ética do Estudante
de Medicina, Carlos Vital.

A proposta, segundo ele, era elaborar
uma espécie de carta de princípios universais, aplicáveis a todos os contextos,
para estimular o desenvolvimento de uma consciência individual e coletiva
propícia ao fortalecimento de uma postura honesta, responsável, competente e
ética, resultando na formação de um futuro médico mais atento a princípios
fundamentais da atividade profissional e da vida em sociedade.

A previsão é que, a partir de
setembro, o novo código de ética seja encaminhado para mais de 320 escolas em
atividade em todo o país. O documento ficará disponível para download no site
da CFM e também deve ser distribuído numa versão impressa, em formato de
bolso.


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