Enoturismo: qual a melhor forma e mais segura de transportar vinho na mala?

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de março de 2020 às 18:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:29
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Para os fãs da bebida, é importante ter conhecimento das regras em voos internacionais e se dar bem

​Apesar de o consumo de álcool ter diminuído nos países desenvolvidos, muitas pessoas continuam a beber muito vinho. 

O enoturismo – o turismo voltado aos vinhos – tem crescido em países produtores da bebida ao redor do mundo.

Argentina, Portugal, França, Itália e Chile são muito conhecidos pela produção de vinho e atraem diversos turistas para essa finalidade. 

Mas também existem países “diferentões” que são boas opções de enoturismo como a África do Sul, a Grécia e os Estados Unidos.

Se você pensa em visitar algum desses países e quer trazer uma garrafa para casa, é importante entender qual o melhor método de transporte do vinho na mala. 

Colocar na mala despachada ou na mala de mão? Quantos litros são permitidos por pessoa?

Com quantos litros?

Você já deve imaginar que praticamente toda compra feita no exterior passa pela Receita Federal dos aeroportos. 

De acordo com as diretrizes da corporação, um brasileiro pode entrar no país portando até 12 litros de bebidas alcoólicas.

Para os amantes de vinho, essa conta fecha em 16 garrafas por pessoa, já que cada garrafa tem 750ml. 

Porém, além da quantidade há também um controle financeiro. As compras internacionais não podem passar de 500 dólares. 

Antes que você viaje para os destinos de enoturismo é importante saber as regras do transporte. 

Alguns deles, inclusive, aprovam que garrafas de vinho sejam colocadas na mala de cabine/de mão.

Essa prática é mais comum entre os países sul-americanos. Argentina, Chile e Uruguai permitem até 5 litros de vinho por pessoa. 

Já a África do Sul aprova 2 litros por pessoa, sem a opção de pagar taxas. Importante ressaltar que esse é o limite da mala de mão. Na bagagem despachada o peso precisa estar dentro do padrão de 23 kg.

A jornalista e dona do blog Viagens e Rotas , Ana Elisa Teixeira, recentemente viajou para o Uruguai e dá algumas dicas para quem quer trazer a bebida alcoólica com cuidado.

“Sempre embalo os vinhos que trago em todas as viagens com plástico bolha que, às vezes, levo quando sei que vou comprá-los. Coloco no fundo da mala de viagem. 

“É importante sempre informar a companhia aérea que está levando vinho para colocar como bagagem frágil por precaução. Outra opção é optar por caixas avulsas, mas aí terá que pagar como bagagem extra”, explica.

Se você não encontrou plástico bolha na viagem, a sommelier Stephani Vaz ensina um truque. “Costumo ‘vestir’ as garrafas com as minhas meias e depois enrolar em alguma peça de roupa fofinha. 

“Até hoje, dez anos depois, carrego muitos vinhos na mala e nunca quebrei nenhuma garrafa”, conta a profissional.

Mas ainda tem uma 4ª opção de transporte dos vinhos em aeroportos. “Se você é de fato um apreciador, vale a pena investir em malas próprias para o transporte seguro”, indica a influenciadora digital Pati Lemos. 

A bagagem apropriada só comporta garrafas e é mais resistente na parte de fora. Os preços variam de acordo com a quantidade suportada.

Fora do Brasil?

O Brasil tem um dos impostos sobre bebidas alcoólicas mais caro do mundo, então é mais vantajoso comprar fora. A influencer Pati Lemos lembra da diferença que teve ao comprar uma garrafa em Portugal.

“Um ‘Quinta da Pacheca Tinto Superior 2017’, custa em torno de nove euros (R$ 49, na cotação atual**) em Portugal. No Brasil, não sairá por menos de R$ 180. Vale ou não vale a pena?”, questiona ela.

Mas onde é melhor comprar vinho ? De acordo com a especialista Stephani Vaz, os melhores países para a prática de enoturismo são a Espanha, França, Itália, Uruguai, Nova Zelândia, EUA (Califórnia) e Portugal.


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