Energia elétrica: consumo fechou 2018 com aumento de 1,1% em todo o país

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 17:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:21
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A indústria fechou o ano com o maior aumento de consumo: 1,3%; seguida do consumo residencial, com 1,2%

O
consumo de energia elétrica no país aumentou 1,1% no ano passado, totalizando
467.161 gigawatts/hora (GWh). Os dados fazem parte da Resenha Mensal – Consumo
de Energia Elétrica, de dezembro, divulgada nesta quinta-feira, 31 de janeiro,
pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Segundo a resenha,
em dezembro, a demanda nacional de energia elétrica ao Sistema Interligado
Nacional (SIN) foi de 39.771 Gwh, com crescimento de 0,5% em relação ao mesmo
mês de 2017.

De acordo com a
resenha, em dezembro, o consumo de energia elétrica aumentou em três das cinco
regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, que teve crescimento de 4,8%
em relação a novembro. Na Região Sul, a alta foi de 2,2% e, no Sudeste, de
1,3%.

Em contrapartida, fecharam dezembro com queda na demanda à rede
as regiões Norte, com menos 10,8%, e Nordeste, com menos 0,5% na comparação com
novembro.

Já para o crescimento acumulado de 1,1% ao longo de 2018, houve
expansão em quatro das cinco regiões na comparação com 2017. O Centro-Oeste foi
a região que registrou a maior alta no consumo (2,3%), seguido pelo Sul (1,7%),
Sudeste (1,6%) e Nordeste (1,5%).

A Região Norte fechou o ano com queda acumulada de energia
demandada à rede da ordem de 5,8%.

De acordo a EPE, empresa responsável pelo planejamento
energético do país, o consumo cativo de energia elétrica nacional caiu 1,2% em
dezembro e de 1,3% ao longo do ano passado. “A migração de consumidores desse
mercado favoreceu o aumento do consumo livre, que foi de +4,0% no mês e +6,3%
no ano”, diz a empresa.

Consumo por Classe

Os dados da EPE indicam que entre 2017 e 2018 a demanda por
energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu em todas as classes, com
destaque para dois dos três setores, que registraram expansão acima do
acumulado nacional de 1,1%. A indústria fechou o ano com o maior aumento de
consumo: 1,3%; seguida do consumo residencial, com 1,2%, e do consumo
comercial, com mais 0,6%, em relação a 2017. A classe Outros fechou o ano com
crescimento de 1%.

De novembro para dezembro do ano passado, o consumo comercial
cresceu 1%, e o residencial, 0,7%. Nesse período, o consumo da classe
industrial fechou negativo em 0,9%. A classe outros expandiu 2,6%.

Avaliações

Ao avaliar o comportamento do mercado de energia elétrica do
país no ano passado, a EPE ressaltou o fato de que a tônica ao longo do ano do
ponto de vista econômico foi “o quadro de lenta recuperação no mercado de
trabalho, ao qual se atribui a principal influência para o crescimento de 1,2%
do consumo residencial em 2018”.

A empresa lembra que, de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística IBGE), a massa de rendimento real associado ao trabalho
permaneceu sem variação significativa na maior parte do período, “refletindo a
renda menor, em geral, obtida na informalidade (emprego sem carteira e trabalho
por conta própria, sem CNPJ, que é o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica),
segmento que liderou no ano o aumento da ocupação no país”.

Em paralelo a esse movimento, a EPE ressalta ainda que, no
mercado de trabalho, as famílias foram ajustando o orçamento doméstico, pondo
as contas em dia e reduzindo o endividamento. “Esse alívio, contudo, não as fez
deixar de lado a cautela, como mostram as pesquisas de confiança do consumidor,
que avançou muito mais em função das expectativas do que da avaliação positiva
da situação atual.”


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