Endometriose afeta de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva e preocupa

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  • Publicado em 13 de março de 2018 às 15:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:37
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Estima-se que mais de 7 milhões de mulheres sofrem de Endometriose no Brasil; diagnóstico nem sempre é claro

A Endometriose é uma doença que impacta a vida de muitas mulheres, trazendo dores intensas e incapacitantes, impedindo a realização de atividades rotineiras. Segundo a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva, estima-se que mais de 7 milhões de mulheres sofrem de Endometriose no Brasil. De acordo com Patrick Bellelis, ginecologista e especialista em Endometriose e cirurgias minimamente invasivas, aproximadamente de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva são acometidas pela doença.

De acordo com o especialista, os principais sintomas da doença envolvem cólicas menstruais fortes, dores na relação sexual, dor pélvica, infertilidade, alterações urinárias e intestinais, ou seja, dor na evacuação e sangramento nas fezes durante o fluxo menstrual. Vale ressaltar que existem casos que a endometriose é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas.

Estudos mostram que demora-se até 7 anos desde o início dos sintomas para que se faça o diagnóstico da Endometriose, quando a doença muitas vezes encontra-se em um estágio mais avançado. Por este motivo, torna-se essencial que a mulher realize exames ginecológicos periódicos e estejam sempre atentas a sintomas que se diferem dos normais.

Sabendo dessa realidade, os avanços tecnológicos trouxeram atributos positivos para o auxílio no tratamento e diagnóstico preciso da doença, como as melhorias na qualidade de imagem, envolvendo a resolução e tridimensionalidade. De acordo com o ginecologista, sem dúvida, um dos melhores tratamentos é o vídeo laparoscópico e o principal exame capaz de indicar um diagnóstico preciso é a ultrassonografia com preparo intestinal e ressonância magnética.

Outro benefício também advindo da tecnologia, é a conscientização sobre a doença através de movimentos em redes sociais, blogs e sites informativos. Assim, a doença silenciosa ganha cada vez mais “voz” através de relatos de mulheres que enfrentam o desafio que é conviver com esta doença.

“A tecnologia, sem dúvida, deve ser utilizada a nosso favor, levar informação sobre a doença para o maior número de pessoas possível é o caminho para que o seu diagnóstico seja cada vez mais precoce. É partir desta ferramenta que as mulheres se unem e juntam forças para combater o preconceito ainda existe sobre a doença, que além de dores físicas, também causa dores psicológicas” destaca Patrick Bellelis.

Mesmo com movimentos de conscientização existente sobre a Endometriose, especialistas acreditam que sua incidência não diminuirá, porém acreditam que o diagnóstico será cada vez mais precoce, impedindo assim que as mulheres passem anos com este sofrimento, que impacta diretamente a qualidade de vida.