Empresa chinesa tem proposta para transformar lixo de Franca em energia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de março de 2017 às 07:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:08
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De acordo com dados da empresa chinesa, o investimento para a usina é estimado em 80 milhões de dólares

Uma reunião preliminar com representantes de um grande grupo chinês, conduzida pelo vice-prefeito Frank Sérgio Pereira, com a participação do presidente da Emdef (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Franca) Marcos Haber, do diretor do Comam (Consórcio Regional dos Municípios da Alta Mogiana) Luisinho Miranda, de  Elias de Oliveira Motta e outros agentes da prefeitura, serviu para alinhar os primeiros contatos sobre um projeto de transformação em energia do lixo gerado na cidade .  

O projeto vem ao encontro da orientação do prefeito Gilson de Souza de privilegiar as PPPs (Parceria Público-Privada), que possibilitam avanços desenvolvimentistas sem custo ao caixa do município. 

De acordo com o grupo investidor, o projeto prevê a transformação do lixo orgânico em energia, promovendo economia no setor elétrico e também grande ganho ambiental, pois o aproveitamento do lixo elimina por completo os Aterros Sanitários, que são um grande problema da administração pública das cidades, e gera energia limpa, ou seja, não provinda de derivados de petróleo.

De acordo com informações dos representantes da empresa, o investimento, estimado em US$ 80 milhões, envolve a instalação da Usina de Incineração do lixo domiciliar, propiciando à Franca atender também municípios vizinhos num raio de até 100 quilômetros, fortalecendo o empreendimento e fomentando a proteção ambiental e economia regionais.

Nesse sentido, o Comam, que reúne 33 Prefeituras da região e tem como presidente o prefeito Gilson de Souza, pretende somar esforços com Franca para avançar nas etapas seguintes de continuidade da parceria, sendo a primeira delas, o envio de uma Carta de Intenções ao Conselho, que será feita pela empresa de engenharia representante do grupo chinês.

De acordo com Lucas Vicki, da WTE Brazil, uma das empresas representantes do grupo, a Usina, para justificar o investimento e pela alta capacidade dos fornos incineradores, precisa de média diária de 700 a 800 toneladas de lixo.

Ele informou também que na China já existem mais de 300 plantas em efetiva operação. O dirigente disse que o processo deixa um residual de apenas 10% de todo lixo incinerado, mas, que pode ser reaproveitado em serviços de manutenção e conservação de vias públicas. 

Marcos Haber, presidente da Emdef, empresa responsável pelo Aterro Sanitário, informa que Franca gera 400 toneladas de lixo diariamente, sendo, então, imprescindível a participação dos municípios vizinhos para a viabilização do empreendimento.


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