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Teste foi desenvolvido em 4 semanas, e precisão pode chegar a 99%. Custo final é estimado em R$ 130.
A empresa curitibana Hi Technologies desenvolveu um teste rápido para o coronavírus, capaz de emitir um diagnóstico em apenas 10 minutos.
O teste é uma ‘cápsula’ para o Hi Lab, equipamento comercializado pela empresa que atualmente pode realizar 20 tipos de exames diferentes.
A técnica usada no exame é a Imunocromatografia, a mesma usada em testes de gravidez ou HIV.
Ela detecta a presença de anticorpos (Imunoglobulina tipo M, IGM, e tipo G, IGG) produzidos pelo organismo em resposta ao vírus.
A acurácia dos resultados é de 99% no teste de IGG e 93% no de IGM, e aumenta de acordo com o tempo decorrido desde o início dos sintomas.
Em comparação, um teste PCR detecta a presença do vírus propriamente dito no organismo, e pode emitir um diagnóstico mais cedo no processo de infecção.
Entretanto, podem ser necessárias até 12 horas para obter um resultado, em condições normais, e na prática os resultados estão demorando mais tempo devido à quantidade de pacientes a serem testados.
Segundo Marcus Figueredo, CEO da Hi Technologies, o teste foi desenvolvido em cerca de 4 semanas, incluindo a validação dos resultados usando Hi Labs em parceiros no exterior, conectados à internet.
A empresa não revela o investimento necessário.
Inicialmente os testes serão enviados a São Paulo, principal foco da doença no Brasil, e Curitiba, mas já há planos para distribuição em outros estados, que ainda serão anunciados.
A quantidade de testes que serão distribuídos não foi divulgada pela empresa, que afirma que já tinha planos para garantir o aumento da produção caso necessário.
As entregas começarão já nesta quarta-feira (25/03), com ampla disponibilidade em meados de abril, quando é previsto o primeiro “pico” da doença no país.
Figueredo diz que os Hi Labs estão presentes em 250 cidades no Brasil e há “milhares de profissionais” credenciados para operar os equipamentos e realizar os testes.
Os equipamentos são usados principalmente na rede privada, mas “há discussões com o poder público”, afirma. A estimativa é que um teste custe cerca de R$ 130 para o consumidor final.
O executivo afirma que uma política de quarentena (lockdown) e “testar, testar, testar” é a melhor abordagem para conter o avanço da Covid-19 no país.
Segundo Figueredo, números apontam que o vírus irá infectar 70% da população brasileira.
O trabalho a ser feito é para “achatar a curva”, distribuindo estes casos em um período maior de tempo para que o sistema de saúde possa lidar com eles sem que entre em colapso.
“Se fosse futebol, seria como jogar na retranca”, diz ele. Um dos principais motivos para a quarentena é que de 75 a 80% dos pacientes são assintomáticos, mas ainda assim podem disseminar a doença para pessoas em grupos de risco.
O isolamento reduz a velocidade com que a Covid-19 se espalha, e com isso o número de casos graves e óbitos.