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Prefeito aceitou prédio sem ter ideia de suas condições e nem projeto para aproveitá-lo
Equipes da Prefeitura de Franca iniciarão, nesta quinta-feira, uma inspeção “às cegas” no antigo prédio abandonado, nas proximidades do Mc Donalds da Ismael Alonso y Alonso.
Está programada uma ampla limpeza do espaço, que há anos é ocupado por moradores de rua e usuários de entorpecentes. A medida foi anunciada um dia depois que um rapaz quase morreu no interior do edifício em razão do consumo de álcool, tendo que ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros.
Além de retirar o lixo e cercar os sete andares, a Prefeitura vai realizar uma inspeção, com equipes da EMDEF, das condições estruturais do edifício, cuja construção está parada há mais de duas décadas. A previsão é que sejam necessários no mínimo R$ 30 milhões para deixar o local em condições de ser utilizado pela Prefeitura.
A inspeção dos funcionários da EMDEF não será missão fácil. Apesar de aceitar rapidamente a doação do prédio pelo Estado, o prefeito Gilson de Souza (DEM) não exigiu documentos importantes, como a planta do edifício. Os técnicos farão seu laudo saindo do zero, sem a documentação adequada para realizar o trabalho.
Depois desse trabalho, porém, a construção deverá continuar parada, uma vez que a Prefeitura não conta com dinheiro para promover as reformas necessárias em seu caixa.
A solução seria buscar uma parceria com a União ou com o próprio governo do Estado, mas não é difícil verificar que, se o Estado tivesse interesse no espaço, ele mesmo já teria feito a retomada das obras.
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