Em 2019: Meios eletrônicos de pagamento devem movimentar R$ 1,8 trilhão

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  • Publicado em 25 de novembro de 2019 às 12:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:04
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Só no primeiro semestre, passaram pelos meios eletrônicos de pagamento R$ 850 bilhões em operações

Os meios eletrônicos de pagamento —  cartões de crédito, débito e pré-pagos — dão sinais de distanciamento do avanço ainda modesto da economia brasileira. Dados da Abecs, associação que representa as empresas do setor, apontam para crescimento em 2019 que deverá ficar entre 17,5% e 19,5% em comparação ao desempenho do ano passado.

Se os números se confirmarem, o setor deve movimentar R$ 1,84 trilhão neste ano. Só no primeiro semestre, passaram pelos meios eletrônicos de pagamento R$ 850 bilhões em operações. O aumento da competição no mercado de adquirentes, responsável pela queda nos custos de aceitação para lojistas — que levou à redução nos preços de aluguel e compra de máquina de cartão, à isenção de taxas e à redução de prazo de pagamento —, é apontado como principal causa para a trajetória de expansão do setor.

A Visa, empresa líder em pagamentos digitais no mundo, está surfando na boa fase. Apesar da posição confortável proporcionada pela liderança, a companhia tem buscado alternativas para manter o crescimento. Parte desse movimento passa pelas novas tecnologias e pela associação com novos parceiros.

Uma das tecnologias que tem despontado é a que permite os pagamentos por aproximação, que vem sendo usada no metrô do Rio de Janeiro. Em relação às parcerias, a companhia criou uma área com o objetivo de facilitar a conexão com empresas que planejam emitir cartões, como as fintechs e os bancos digitais. A decisão passa pelo momento aquecido do segmento, com o crescimento exponencial de novas empresas que chegam ao mercado de pagamentos e planejam criar uma carteira digital.

Fernando Teles, diretor-geral da Visa no Brasil, tem mais de duas décadas de experiência profissional no mercado de meios de pagamento e está no cargo há três anos. Ainda assim, é desafiadora a velocidade das transformações pelas quais o setor passa para o executivo.

Recentemente, a Visa anunciou o chamado “Roadmap de Segurança” para o Brasil. O programa, voltado à valorização da segurança dos pagamentos no país nos próximos anos, tem como meta aumentar a proteção em todo o ecossistema de pagamentos.

Segundo o documento, nos próximos três anos, serão desenvolvidas ações para ampliar a base de uma série de tecnologias, como a tokenização, a biometria e a atualização do protocolo 3DS 2.0, responsável por trazer informações para a tomada de decisão das empresas, facilitando o processo de autenticação de uma compra.

O 3DS 2.0 envia para o emissor quase uma centena de informações do consumidor na hora da compra. Por exemplo, endereço de entrega e de cobrança, IP da máquina e score, aumentando a segurança da transação. Até 2022, a expectativa da empresa é de ter 100% de aceitação da tecnologia nos estabelecimentos comerciais do país, além da inclusão de novas ferramentas de segurança. Por causa da mudança no comportamento do consumidor e da agregação de novas tecnologias, Teles não fala mais em cartão, mas de “credencial de pagamento”.


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