Efeito Zoom: Google torna gratuita ferramenta de videoconferência Meet

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  • Publicado em 29 de abril de 2020 às 19:11
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:40
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Plataforma reúne três milhões de novos usuários diários todos os dias desde o início de abril

O Google anunciou nesta quarta-feira, 29, que qualquer usuário poderá em breve promover uma videoconferência com sua ferramenta Meet, tornando o produto, antes pago e voltado a empresas, em um grande rival do Zoom e de outras empresas que estão disputando usuários em meio à pandemia de coronavírus. 

O que aconteceu? Zoom, Skype e Facebook Messenger lançaram recursos neste mês para atraírem usuários que buscam opções gratuitas para reunirem amigos e familiares por meio de videoconferências.

Mas o Meet, que tem 100 milhões de usuários diários, exigia uma conta corporativa ou acadêmica do Google para fazer as chamadas. 

Por isso, o Google anunciou que vai gradualmente abrir o Meet nas próximas semanas.

Você pode me dar um pouco mais de contexto? O Google fornece videoconferências gratuitamente há quase 12 anos por meio do serviço Hangouts, mas os recursos dele são ultrapassados em termos de segurança e tecnologia e sua popularidade foi diminuindo.

A empresa também tem o Duo, um aplicativo de videochamada para smartphones.

Smita Hashim, diretora de produto do Google, afirmou que a companhia recomenda o Meet em vez do Hangouts. 

“Como o Covid-19 impactou a vida de todos, vimos motivo para levar para todos uma ferramenta criada para empresas”, disse ela. “É um produto mais seguro, confiável e moderno.” Mas o Meet vai limitar as chamadas gratuitas a uma hora de duração a partir de outubro, enquanto os rivais Skype e Messenger não têm essa limitação.

O Google Meet reúne três milhões de novos usuários diários todos os dias desde o início de abril e seu uso cotidiano se multiplicou por 30 desde janeiro, segundo dados publicados pela divisão “cloud” (armazenamento de dados à distância) do gigante da internet.

A plataforma de chamadas por vídeo será progressivamente ampliada ao público geral nas próximas semanas, contando com que as pessoas tenham uma conta Google (Gmail) ou uma “identidade Google”, que pode ser criada com qualquer direção de e-mail pessoal ou profissional.

O Google Meet, que já propôs opções como dividir a tela ou usar legendas em tempo real para pessoas surdas, vai adicionar novos formatos de visualização como a apresentação em mosaico dos participantes.

O modo “mosaico” foi popularizado nas últimas semanas pelo Zoom, um software americano projetado para empresas que se estendeu rapidamente ao público geral, e que foi amplamente adotado para conversas à distância, mas também cursos de yoga, cerimônias religiosas ou cursos escolares.

Teams, da Microsoft, reagiu acrescentando opções semelhantes. O Facebook lançou na sexta-feira um novo aplicativo, o Messenger Rooms, que permitirá encontrar amigos em “salas” virtuais.

*Reuters, 6 Minutos e Correio Braziliense


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