Dormir menos de 5 horas por noite aumenta em 65% o risco de morte

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de maio de 2018 às 02:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:45
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Ficou com medo? Calma. Estudo também mostrou como compensar os efeitos de poucas horas de sono

Dormir pouco pode trazer consequências
que vão muito além do mau humor no dia seguinte. A falta de sono pode aumentar
o risco de morte, conforme apontou um estudo feito pela Universidade de
Estocolmo, na Suécia.

De acordo com a pesquisa, aqueles que
dormem apenas cinco horas por dia ou menos têm uma taxa de mortalidade 65%
maior do que os que conseguem dormir por mais tempo.
Para chegar ao resultado, foram analisados, durante 13 anos, os hábitos de sono
de 38 mil adultos de até 65 anos.

Mas se você é daqueles que não consegue
ter uma noite de sono de mais de cinco horas seguidas, não é preciso entrar em
pânico: há uma forma de “compensar” o dano. Se o indivíduo dormir por mais
tempo aos finais de semana ou períodos de folga, não há grandes alterações no
risco de mortalidade. “A duração do sono é importante para a longevidade”,
declarou Torbjörn Åkerstedt, líder da pesquisa, e pesquisador do Instituto de
Pesquisa sobre Estresse, na Universidade de Estocolmo, e do Instituto
Karolinska, também na capital sueca.

Anteriormente, outros estudos já
analisaram as relações entre a duração do sono e a mortalidade, mas focaram
apenas no sono durante a semana de trabalho. “Eu suspeitava que poderia haver
alguma modificação se você incluísse também o sono durante o fim de semana ou o
sono durante a folga”, afirmou ele.

Dormir
demais não ajuda

Se por
um lado dormir pouco pode causar prejuízos mortais, ficar na cama além da conta
também pode causar problemas. Embora em menor escala, quem dormiu por oito
horas ou mais, ao longo dos sete dias da semana, apresentou taxa de mortalidade
25% maior comparado aqueles que dormiram por seis ou sete horas.

Outro estudo divulgado há alguns anos pela Universidade de
Medicina de Nova York feito com 290 mil pessoas, dormir mais de oito horas por
noite pode aumentar em 146% os riscos de alguém sofrer um derrame. .

O ideal de tempo para o sono é entre 7 e 8 horas por
noite. Isso porque os estudos também revelaram que quem dorme menos de 7 horas
também corre mais riscos de um derrame.

Os pesquisadores levaram em conta aspectos como a
quantidade de exercício praticado, saúde, estilo de vida, idade e etnia, que
podem alterar, de alguma forma, os riscos. A conclusão foi que as pessoas que
além de dormir apenas 7 ou 8 horas por dia fizerem exercícios de 30 minutos a
1h, seis vezes na semana, são as mais protegidas.


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