Dormir bem ajuda a diminuir a vontade de comer, aponta estudo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de outubro de 2018 às 20:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:06
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Pesquisa revelou que indivíduos que têm boa noite de sono não descontam estresse na comida

Se você tivesse que
escolher entre dormir ou comer, o que você preferiria? Caso você não
consiga responder essa pergunta, o resultado de uma pesquisa pode te ajudar a
encontrar a melhor solução.

Um estudo publicado no
Jornal de Pscicologia Aplicada, e realizado por cientistas da Universidade
Estadual de Michigan e da Universidade de Illinois, comprovou que uma boa noite
de sono pode ajudar a reduzir aquelas vontades malucas de comer fast
food durante o dia ou ao entardecer.

A pesquisa também
comprovou que quem enfrenta jornadas de trabalho estressantes tende a trazer
sentimentos negativos para a mesa do jantar. Esse é um dos motivos pelo qual
muitas pessoas acabam descontando a ansiedade e a tristeza na comida.
“Outra descoberta chave mostrou como o sono ajuda as pessoas a lidar com
esse problema depois do trabalho. Quando os trabalhadores dormiam melhor, eles
tendiam a comer melhor, mesmo passando por tempos de estresse no dia
seguinte”, afirmou a co-autora do estudo, Chu-Hsiang (Daisy) Chang, da
Universidade Estadual de Michigan.

Mais de 230
trabalhadores na China participaram do estudo, que concluiu que, quanto mais
estressadas as pessoas ficavam, mais junk
food
consumiam, a menos que tivessem uma boa noite de
sono. Isso acontece, porque dormir faz com que as pessoas sintam-se
revigoradas, ajudando-as a lidar melhor com situações problemáticas.

Além disso, o co-autor
Yihao Liu, da Universidade de Illinois, afirma que comer é uma resposta natural
ao estresse, utilizada para aliviar e regular sentimentos negativos, o que,
muitas vezes, pode ser um sinal de queda no autocontrole pessoal.

Uma pesquisa realizada
em 2014, pelo Instituto de Psicologia e Controle do Stress, revelou que 34,26%
dos brasileiros consideram o seu nível de estresse alto. O questionário pedia
que eles indicassem esse nível de zero a 10, considerando notas acima de 8,9 a
irritação extrema. 4% dos entrevistados anotaram a pontuação máxima. Em comparação
aos Estados Unidos, somos cerca de 14% mais estressados. 

Nessa mesma pesquisa,
52,3% dos entrevistados afirmaram já terem sido diagnosticados com o estresse,
sendo que 55,6% destes sofrem com ansiedade, 23,2% com depressão, e 10,4% com
pânico. Quadros de gastrite e asma também são comuns e alcançam 32,6% e 20,4%
dos diagnosticados, respectivamente.

Dentre as causas do
estresse, os problemas que mais tiram as pessoas do sério são relações
interpessoais, dificuldades financeiras e sobrecarga no trabalho. Dessa forma,
é melhor pegar leve ou não hesitar em ir para a cama cedo. 


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