Donha desmascara Gilson e fala sobre os desmandos cometidos na Prefeitura

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de janeiro de 2019 às 09:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Ex-secretário e juiz aposentado, Donha explica porque deixou governo e de falhas na lei dos comissionados

O juiz aposentado e ex-secretário de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Franca, Alberto Cordero Donha, abriu a “caixa preta” do Governo Gilson de Souza (DEM). 

Uma semana após sua saída a pedido, revelou os desmandos e algumas das irregularidades cometidas por Gilson no comando da Prefeitura. 

As revelações podem abalar, de forma irreversível, o atual governo. As informações foram publicadas neste domingo, pelo Jornal Verdade, em reportagem de Priscila Sales.

A reportagem aponta que o relacionamento entre Donha e Gilson se deteriorou um motivo simples: o ex-juiz tentou levar o seu conhecimento para a administração e mostrar ao prefeito o que é correto e legal. Mas Gilson, além de não ouvir, fez tudo ao contrário.

Um exemplo é o projeto dos comissionados, prioridade para a pasta de Donha e para o próprio governo. 

O ex-secretário afirmou que foi montada uma força-tarefa para a elaboração do projeto e houve o aconselhamento para que o prefeito não contratasse a Fipe, pois não haveria necessidade.

Gilson teria concordado, mas feito tudo ao contrário. Contratou a fundação por consideráveis R$ 380 mil para fazer um projeto que contém erros primários no aspecto jurídico, como a falta de atribuição dos cargos e a ausência de determinação do local de trabalho.

O desrespeito com a equipe é gritante, de acordo com as declarações de Donha. Tanto que o projeto foi enviado para a Câmara sem que ele, enquanto secretário e responsável pela pasta que gere 4,5 mil servidores, tivesse conhecimento do teor. Todo o seu histórico e conhecimento teriam sido simplesmente ignorados por Gilson.

Donha conhece a lei como poucos em razão de sua extensa carreira jurídica e na magistratura. E ele deixou a letra do que deve acontecer nos próximos dias. 

Segundo ele as irregularidades da lei poderão ser questionadas pelo Ministério Público e, ao seu ver, serão notadas e questionadas também pelo Tribunal de Justiça.

Dada a seriedade e prestígio do ex-secretário, a matéria soa como denúncia e aciona, diretamente, o Ministério Público. 

Para o bom entendedor, o pingo no “i” está posto e não será surpresa se uma nova ação por improbidade administrativa contra Gilson surgir num futuro breve.​


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