Doenças oftalmológicas comuns em humanos podem afetar os pets

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  • Publicado em 10 de agosto de 2018 às 16:12
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:55
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Muitos animais de estimação são vítimas de problemas oculares, que inclusive podem cegar

As doenças oftalmológicas, comuns nos seres humanos, também acometem os animais de estimação.

As mais comuns, segundo as médicas veterinárias Renata Fuentes Borges e Adriana Torrecilhas Jorge – esta oftalmologista veterinária -, são conjuntivite, ceratoconjuntivite seca – olho seco, úlcera de córnea, uveíte – inflamação do trato uveal – e catarata. Há várias causas para o surgimento dessas enfermidades. Por exemplo, nas conjuntivites, as de maior incidência estão relacionadas a processos alérgicos. “As úlceras de córneas são secundárias a outros problemas como traumas, anormalidades anatômicas, olho seco, dentre outras”, explicam Renata e Adriana, acrescentando que as uveítes destacam-se as decorrentes de enfermidades sistêmicas e as cataratas senis, ou seja, em animais idosos são as mais observadas.

Por isso é importante ficar atento aos sinais dos pets, como piscar muito os olhos, não conseguir abri-los, manchas, vermelhidão, mudança de cor, tamanho ou formato, pupilas de tamanhos diferentes, lacrimejarem em excesso, cegueira noturna ou diurna, andar esbarrando nos móveis ou tropeçando, secreção, intolerância a ambientes claros e pálpebras muito vermelhas ou irritadas. Além disso, as especialistas esclarecem ser importante que os tutores levantem sempre a pálpebra superior e observem a conjuntiva bulbar, ou seja, a parte branca do olho, se está alterada e vermelha; se há presença de secreção ocular, observando o aumento na frequência e alteração da coloração.

Cegueira

Ao identificar qualquer um dos sintomas, é importante levar o bichinho de estimação a um oftalmologista veterinário, pois só um especialista conseguirá avaliar, detectar o problema e iniciar o tratamento adequado. “Nunca se deve utilizar medicamento sem o exame oftalmológico e prescrição por um profissional. Há muitos remédios que podem agravar a evolução da enfermidade, podendo até ocasionar sequelas como a perfuração da córnea e cegueira”, salientam Renata e Adriana.

Elas completam ainda ser importante realizar limpeza diária com solução fisiológica nos olhos do pet e evitar que o cão passeie na janela do carro, pois, pode ocorrer trauma na superfície ocular. Embora todos os cães e gatos possam desenvolver doenças oculares, algumas raças são mais predispostas. Por exemplo, todos os cães de “focinho achatado” devem ter atenção especial: Boxer, Shitzu, Lhasa apso, Pequinês, Pug, Bulldog inglês, Boston Terrier e outras.

Segundo Renata e Adriana, são muitas as doenças oculares que podem afetar os animais de estimação

Entre as doenças que mais causam a perda de visão nos bichos, está a catarata, que afeta muito mais os cães do que os gatos. O problema oftalmológico é mais comum a partir dos oito anos de idade, e a principal causa é a velhice.

E assim como nos humanos, a única forma de tratamento para a catarata animal é a cirurgia. Neste caso, a técnica chamada de facoemulsificação é a mesma utilizada nos seres humanos. Após a retirada da catarata, a lente natural é substituída por uma artificial. O procedimento existe para os animais há mais de 15 anos, com resultados de sucesso em boa parte dos casos.

NO FOCO

Renata Fuentes Borges – Médica Veterinária

CRMV-SP 30195

VET Fuentes

Telefones (16) 9.9166-0185; 9.9213-9185 e 3723-0565

Adriana Torrecilhas Jorge – Mestre e Doutora em Cirurgia Veterinária, área de concentração em Oftalmologia Veterinária

CRMV-SP 10 822