Diverticulite, uma doença silenciosa que incomoda e pode matar a pessoa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de agosto de 2017 às 08:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:18
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Doença ficou famosa no Brasil por ter matado o ex-presidente Tancredo Neves

A diverticulite é uma doença que começa silenciosa, com sintomas progressivos, que se não for tratada pode levar à morte. Ela chega com uma leve dor lateral, na região do abdômen, que vai se tornando constante. Muitas vezes, é confundida com apendicite, mas é totalmente diferente.

Se não for tratada, na fase aguda, surgem outros sintomas como prisão de ventre, barriga inchada e febre com calafrios.

Diverticulite é uma inflamação dos divertículos (bolsas) presentes no intestino grosso, que é mais comum ocorrer com obesos, sedentários, tabagistas e maiores de 50 anos. Conforme a literatura médica, a propensão à doença é 35 vezes maior em países ocidentais, em que as pessoas mantém dietas gordurosas e pobres em fibras.

Os divertículos são formados na parede do intestino grosso, devido à pressão exercida pelo conteúdo intestinal contra esta parede. Quando há a obstrução de algum divertículo por fezes ou alimentos não digeridos, inicia-se um processo inflamatório no divertículo, que em seguida evolui para um processo infeccioso denominado diverticulite. 

Nos quadros mais severos, pode ocorrer a obstrução intestinal ou até mesmo a perfuração do divertículo. Uma complicação frequente é a hemorragia intestinal, provocada por um divertículo que está sangrando.

Essa doença ficou famosa no Brasil por ter acometido o presidente Tancredo Neves, que faleceu em decorrência dela, em 1985, na véspera da posse.

A principal recomendação médica é que sejam evitados exageros na alimentação, mesmo quando se trata de algo saudável. A doença não tem cura. O objetivo médico é suprir os sintomas mais desagradáveis, basicamente por meio de uma dieta rica em fibras e que tenha bastante ingestão de líquidos. Quando necessário, pode ser indicado o uso de remédios, já a cirurgia é em último caso.


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