Dia dos Namorados deve injetar R$ 15 milhões no comércio varejista

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de junho de 2018 às 01:35
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:47
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Previsão para o varejo do Estado de SP também se estenderá à Franca, que espera vender mais que em 2017

Importante
data do calendário lojista, neste ano, as vendas voltadas para o Dia dos
Namorados devem apresentar crescimento entre 3% e 5% em relação a 2017 no
varejo da capital paulista. A estimativa é da Associação Comercial de São Paulo
(ACSP).

O
resultado deve ser melhor do que o do ano passado, quando o comércio de SP teve
alta média de 2,4% sobre 2016. “Neste ano, a conjuntura
econômica está mais favorável, com inflação e juros bem mais baixos, prazos de
pagamento maiores e alguma recuperação da massa salarial”, diz Alencar Burti,
presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São
Paulo (Facesp).

Ele
acredita que “o setor varejista investirá em promoções para procurar compensar
os dias de paralisação, em que as vendas ficaram praticamente estagnadas”. E
que os presentes mais procurados deverão ser roupas, calçados e outros produtos
de uso pessoal. “Os bares e restaurantes também devem se beneficiar,
principalmente se a temperatura ajudar, o que motiva os casais a saírem para
jantar ou fazer algum outro programa fora de casa”, finaliza Burti.

CNDL

A
data deve levar 62% dos brasileiros às compras, de acordo com uma pesquisa
realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais.

Estima-se
que aproximadamente 93,5 milhões de brasileiros devem presentar alguém neste 12
de junho, o que deve injetar aproximadamente 15,6 bilhões de reais na economia.

Dados
da sondagem ajudam a derrubar o estigma de que casais deixam de se presentear
após o casamento. Quando a pesquisa investiga quem será a pessoa presenteada, o
esposo ou a esposa aparecem em primeiro lugar, com mais da metade das respostas
(64%), sendo a intenção de presentear maior entre os homens (69%). Em segundo
lugar no ranking dos mais presenteados, aparecem os namorados (30%) e, na
sequência, os noivos (5%).

Assim
como acontece em grande parte dos relacionamentos amorosos, o ato de presentear
é percebido como uma troca, em que os parceiros presenteiam como demonstração
de afeto, mas também esperam ser presenteados.

Dessa
forma, o estudo mostra que a maioria dos que vão comprar presentes no dia dos
namorados (66%) acredita que também vão ganhar presentes, em especial as
classes A e B (76%).

Gastos

De
modo geral, a pesquisa mostra que a maior parte (36%) dos entrevistados deve
gastar a mesma quantia que no ano passado, enquanto 21% projetam desembolsar mais
e 17% pretendem diminuir o valor gasto.

Em
média, o consumidor brasileiro deve desembolsar R$ 167 com os presentes do Dia
dos Namorados, sendo que esse valor aumenta para R$ 225 entre as pessoas das
classes A e B. Importante notar que 25% ainda não decidiram o valor que será
gasto.

Entre
os compradores que planejam gastar menos do em 2017, o que mais tem pesado é o
fato de estarem em uma situação financeira difícil ou com o orçamento apertado,
com 31% de citações.

A
necessidade de economizar também é motivo citado por 26% desses entrevistados.
Já entre os que planejam gastar mais neste ano, 40% alegam que vão adquirir um
presente melhor. De modo geral, a maioria dos consumidores (71%) deve comprar
apenas um único presente, mas 23% planejam adquirir dois ou mais itens para
agradar o parceiro.

Ainda
de acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados (58%) tem a percepção de
que os produtos estão mais caros do que no ano passado.

Outros
38% acreditam que os presentes se mantiveram na mesma faixa de preço e somente
4% acham que os produtos estão mais baratos do que em 2017.

Como
tentativa de economizar, 74% dos consumidores pretendem fazer pesquisa de
preço. Entre os que devem em ir busca de ofertas mais atrativas, 76% pretendem
usar a internet como principal aliada, 62% farão pesquisa de preço em lojas de
shopping e 36% em lojas de rua.

De
acordo com os entrevistados a principal forma de pagamento será o pagamento à
vista com 58% de citações, com destaque para o dinheiro em espécie (39%) e
cartão de débito (18%).

Outros
37% devem utilizar o cartão de crédito e apenas 2% o boleto bancário. Entre os
que vão dividir as compras, o número médio de prestações varia entre três e
quatro. “Em um momento em que a inadimplência e o desemprego estão
elevados, comprar o presente à vista pode ser uma boa alternativa para fugir do
endividamento. Para quem vai recorrer ao crédito, o ideal é fugir dos
parcelamentos para evitar comprometer a renda com prestações muito alongadas e
se programar para o pagamento integral da fatura”, diz a economista-chefe
do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Itens
mais procurados

Neste
ano, os presentes mais procurados por quem vai presentear devem ser as roupas
(41%), perfumes ou cosméticos (34%), calçados (22%) e jantares (18%). Completam
o ranking os bombons e chocolates (17%) e acessórios, como bijuterias, cintos,
óculos e relógios (17%).

Outras
opções de presentes que os entrevistados consideram fazer na tentativa de
economizar nos gastos são fazer um jantar romântico (49%), um café da manhã
(32%)e passeio ao ar livre no final de semana (24%).

Quanto
ao local de compra, os shopping centers despontam como o destino para a maioria
dos presentes, com 36% das citações. Em segundo lugar aparecem as lojas online
(18%), seguidas dos shoppings populares (9%) e das lojas de departamento (8%).
Os preços (50%) e as promoções (43%) são o que mais influenciam a escolha do
local.

Em
cada dez entrevistados, dois (21%) disseram que são eles próprios quem escolhem
o que vão ganhar no Dia dos Namorados, ao passo que 78% deixam essa decisão a
cargo do companheiro.

Para
a escolha do presente, os fatores mais levados em conta são a qualidade do
produto (30%) e o perfil do presenteado (21%). Os locais preferidos para
comemoração serão a própria casa do entrevistado (33%), seguido dos
restaurantes (30%) e dos hotéis ou motéis (11%).

Situação
financeira

Para
agradar o parceiro ou a parceira, parcela considerável dos consumidores não
darão a devida importância a compromissos financeiros já assumidos: três
em cada dez entre os que pretendem comprar presentes (29%) revelam que irão às
compras mesmo possuindo contas em atraso atualmente, especialmente respondentes
das classes C, D e E (33%).

Além
disso, 8% deixarão de pagar alguma conta para comprar o presente da pessoa
amada. Entre os consumidores que estão com contas em atraso, 72% também estão
com seus CPFs negativados em serviços de proteção ao crédito, principalmente
respondentes das classes C, D e E (75%).

Os
dados revelam que entre os consumidores que compraram presentes para o Dia dos
Namorados do ano passado, 9% estão negativados por compras feitas na ocasião.
Além disso, 28% dos compradores admitem ter o hábito de gastar mais do que
podem para agradar o parceiro.


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