Dezembro Laranja alerta para o tipo de câncer mais frequente no país: o de pele

  • Entre linhas
  • Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 09:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:32
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Para 2016, são estimados 175 mil casos de câncer, sendo 80.850 entre homens e de 94.910 nas mulheres

Para o câncer de pele melanoma os principais fatores de risco são: pele clara, exposição excessiva ao sol e hereditariedade (Foto: Gazeta Toledo)


Dezembro Laranja é um alerta para o câncer de pele. Uma campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com o objetivo de despertar a atenção da população sobre os riscos do câncer de pele, tipo mais incidente no Brasil e no mundo, além de mostrar que, com atitudes simples, é possível de prevenir.

Para 2016 o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 175 mil casos previstos de câncer não melanoma, sendo 80.850 entre homens e de 94.910 nas mulheres, o que correspondem a 29% do total estimado. Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, porém sua incidência é baixa (3.000 casos novos em homens e 2.670 casos novos em mulheres). “O câncer da pele é o câncer de maior incidência no mundo. Ele pode causar a morte, mas tem cura se for diagnosticado cedo. As causas são conhecidas e os sintomas costumam aparecer como feridas na pele cuja cicatrização demore mais de quatro semanas, variação na cor de sinais pré-existentes e manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram. Nesses casos, para um diagnóstico precoce deve-se procurar o mais rápido possível um médico especialista em pele”, explica a dermatologista, Fernanda Braga.

Qual a diferença entre melanoma e não melanoma?

O câncer de pele não melanoma é o câncer mais frequente e apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros. O principal fator de risco deste tipo de câncer é a exposição aos raios ultravioletas do sol, por isso, a principal recomendação para evitar o câncer de pele não melanoma é evitar a exposição ao sol das 10h às 16h e utilizar sempre filtros solares com fator de proteção acima de 30, além de chapéus, guarda-sol e óculos escuros.

Já o câncer de pele do tipo melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, porém é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase. Tem origem nas células produtoras de melanina – substância que determina a cor da pele e tem predominância em adultos brancos. Para o câncer de pele melanoma os principais fatores de risco são: pele clara, exposição excessiva ao sol e hereditariedade. “O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estágios iniciais, por isso, a importância de campanhas como a do Dezembro Laranja, que visam à detecção precoce do tumor”, finaliza a médica.

Mas, como prevenir o câncer de pele?

Para prevenir o surgimento dos cânceres de pele é necessário realizar exame dermatológico completo e check-up das pintas/nevos anualmente, além de seguir as recomendações abaixo:

  • Usar chapéus, camisetas e protetores solares;
  • Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão);
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material;
  • Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço;
  • Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas;
  • Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses;
  • Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

+ Saúde