Desenvolve SP repassou R$ 463 milhões para PMEs e prefeituras em 2018

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 15:13
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:15
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Até fim de dezembro, agência terá registrado aumento acima de 30% em financiamentos com relação a 2017

O ano de 2018 chega ao fim com resultados positivos, pelo menos
para a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP).

O Balanço anual da instituição aponta que até o final de
dezembro serão desembolsados R$ 463,5 milhões em operações de crédito para
pequenas e médias empresas (PMEs) e municípios paulistas.

O valor representa um crescimento de 31% em
comparação aos números registrados em 2017. Seguindo histórico dos balanços
anteriores, a maior parte do montante, 82%, foi demandada pelo setor privado,
enquanto o setor público correspondeu pelos outros 18%.

Segundo os dados da instituição, o aumento
consolidado dos desembolsos já era esperado e confirma a progressão gradual dos
empréstimos que foi se desenhando durante o período, apesar de questões que
comprometeram a economia do país, como a greve dos caminhoneiros em abril. “Mesmo
com todos os sobressaltos ao longo do ano, a confiança na economia foi mantida
entre as PMEs paulistas que continuaram a buscar crédito para crescer. Os
números da Desenvolve SP confirmam este movimento”, diz Álvaro Sedlacek,
presidente da Agência.

Investimentos em alta

A busca por recursos para projetos de investimento
merece destaque no balanço do ano. A modalidade representa R$ 242 milhões (ou
52%) do valor desembolsado pela Desenvolve SP durante 2018.

O montante foi aplicado em projetos voltados para a
formação bruta de capital fixo, permitindo o aumento da capacidade produtiva
das empresas e, consequentemente, da geração de empregos e renda. 

Já os
empréstimos para capital giro, essencial para financiar a continuidade das
operações da empresa, totalizaram R$ 221,5 milhões (48%) dos desembolsos. “Vale registrar que, dos valores destinados para
projetos de investimento, mais de R$ 50 milhões representam empréstimos
voltados à inovação de produtos, processos ou serviços nas PMEs”, aponta
Sedlacek.

De acordo com executivo, o financiamento de projetos
inovadores vem ganhando espaço de maneira orgânica na carteira da instituição,
visto que esta é uma das bandeiras de atuação da agência de fomento. “Para
2019, com o lançamento do novo programa Juro Zero Inovação, a tendência é que
esse valor cresça ainda mais”, completa.

Setores

No acumulado do ano, a indústria se sobressai como o
setor produtivo que mais investe. Ao todo, R$ 162,6 milhões terão sido
injetados na economia paulista por meio do setor até o final de dezembro. Na sequência
aparecem as PMEs do segmento de serviços, encerrando 2018 com R$ 133,3 milhões
investidos, e o comércio, com R$ 65,2 milhões. O setor público, por sua vez,
terminará o ano com R$ 83,4 milhões destinados para obras de infraestrutura nos
municípios.

A
força do interior

Outro dado que chama atenção é que dos R$ 463,5
milhões desembolsados pela Desenvolve SP, cerca de 80% foram para atender
demandas de PMEs e municípios do interior do Estado.  No ranking das
regiões que mais investem, a Região Metropolitana de São Paulo encabeça a
lista, seguida pelas Regiões Administrativas de Campinas, Sorocaba, Araçatuba e
Ribeirão Preto.

Perspectivas
para 2019

Em 2019, além da confiança no aumento dos
financiamentos para projetos de inovação, a Agência prevê um possível
crescimento na busca por suas linhas de crédito voltadas a investimentos
verdes. “As PMEs vivenciam um momento pelo qual as grandes companhias já
passaram anos atrás, que é o de adequar seus produtos, processos e serviços a
fim de atender legislações cada vez mais rigorosas em prol do desenvolvimento
ambientalmente sustentável da economia”, fala Sedlacek.

A Desenvolve SP, grande incentivadora da economia
verde, saiu na frente de diversas instituições financeiras nesse sentido. Desde
2010 a Agência oferece uma linha de crédito específica para projetos que
minimizem os impactos produtivos das empresas, como os ligados à eficiência
energética e energias renováveis. Desde então, já são mais de R$ 222 milhões
desembolsados para essa finalidade.


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