Desemprego continua subindo e chega a 13,7%; já são quase 13 milhões

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 14 de agosto de 2020 às 12:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:06
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Quando a pesquisa teve início, na primeira semana de maio, eram 9,8 milhões de pessoas desocupadas

Nos últimos quatro meses, em que o país passa pela pandemia de covid-19, cerca de 3 milhões de pessoas ficaram sem trabalho. Na quarta semana de julho, a taxa de desocupação chegou a 13,7%, o que corresponde a 12,9 milhões de pessoas. 

Os dados são da edição semanal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações são da Agência Brasil.

Quando a pesquisa teve início, na primeira semana de maio, eram 9,8 milhões de pessoas desocupadas. Na comparação com a terceira semana de julho, houve aumento de 550 mil pessoas entre os desocupados. 

A população ocupada do país foi estimada em 81,2 milhões, estável em relação à semana anterior e com queda em relação à semana de 3 a 9 de maio, quando 83,9 milhões de pessoas entravam nessa categoria.

Após queda na semana anterior, o número de pessoas que estavam temporariamente afastadas do trabalho por causa do distanciamento social voltou a crescer e somou 5,8 milhões, o que representa 7,1% da população ocupada. 

No início de maio eram 16,6 milhões de pessoas afastadas do trabalho, o que representava 19,8%. O trabalho remoto está sendo exercido por 8,3 milhões de profissionais (11,5%), apenas 300 mil a menos do que no início da pesquisa.

O grupo de pessoas que gostaria de trabalhar, mas não procurou emprego por causa da pandemia ou por falta de trabalho perto de casa, somou 18,5 milhões. 

A informalidade atinge 27,2 milhões de pessoas, 2,7 milhões a menos do que no início de maio. A taxa está em 33,5%, 1 ponto percentual acima do registrado na terceira semana de julho.

A população fora da força de trabalho era de 76 milhões de pessoas, estável em relação à semana anterior e ao início da pesquisa. Desses, 36,9% disseram que gostariam de trabalhar.

Em relação aos sintomas de covid-19, a pesquisa mostra que dos 13,3 milhões de pessoas que se queixaram de síndrome gripal, 3,3 milhões buscaram atendimento médico na semana de referência, sendo que 14,5% ficaram internadas, num total de 159 mil. No início de maio, 26,8 milhões relataram algum sintoma.

A queixa mais comum foi a dor de cabeça (6 milhões de pessoas), seguida por nariz entupido ou escorrendo (5,2 milhões), tosse (4,7 milhões), dor muscular (3,4 milhões), dor de garganta (3,8 milhões), fadiga (2,3 milhões), perda de olfato e paladar (1,8 milhão), dificuldade de respirar (1,7 milhão) e dor nos olhos (1,4 milhão).

Entre os 3,3 milhões de pessoas que buscaram atendimento, 42,2% foram a postos de saúde públicos, 20,2% a prontos-socorros e 19,9% a hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Atendimento ambulatorial na rede privada ou militar foi procurado por 7,3%, enquanto 3,7% buscaram prontos-socorros privados e 13,7% para hospitais privados.

Na quarta semana de julho, 75,7% dos participantes da pesquisa não procuraram estabelecimento de saúde, mas 58,9% tomaram remédio por conta própria. Outros 10,8% se medicaram com orientação médica, 3,2% ligaram para algum profissional de saúde e 3,1% receberam visita de profissional de saúde do SUS.


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