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Usineiro apresentou laudo do perito Ricardo Molina, que sustentava reação de legítima defesa
Depois de quase 20 anos, o usineiro Marcelo Cury foi a júri popular, na quinta-feira, 25 de agosto, em Ribeirão Preto. Ele foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pelo crime ocorrido na noite do dia 5 de abril de 1997, quando duas pessoas morreram a tiros e outra ficou ferida. O empresário vai recorrer da decisão em liberdade.
Marcelo Cury matou, a tiros o represente comercial João Falco Neto, de 34 anos, e Marco Antônio de Paula, de 29 anos e, ainda, feriu Sérgio Nadruz. O Ministério Público pediu a condenação por homicídio doloso. A defesa apresentou um laudo do perito Ricardo Molina, baseado na análise dos depoimentos colhidos e dos laudos necroscópicos da época e sustentava legítima defesa.
Os jurados entenderam que o crime foi culposo (sem intenção), por isso o empresário vai responder em liberdade.
O CASO
Há 19 anos, Marcelo Cury se envolveu em uma briga em frente a uma choperia, em Ribeirão Preto. O caso aconteceu em 5 de abril de 1997. O empresário disparou 11 vezes contra três pessoas depois de ser agredido na calçada da choperia, localizada à Avenida Presidente Vargas, zona sul de Ribeirão.
O empresário estava em liberdade desde então e foi a júri popular após uma longa batalha judicial.
Marcelo Cury respondia também pela morte do comerciante Marco Antonio de Paula e por disparar três vezes contra o autônomo Sérgio Coelho, que sobreviveu e foi testemunha de acusação no caso. Os jurados entenderam que os tiros disparados contra o comerciante foram em legítima defesa e que os tiros contra Coelho ocorreram sob violenta emoção.
A Justiça decidiu que os crimes contra as duas últimas vítimas, cujas penas eram inferiores a 8 anos, já prescreveram.