compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Todos os policiais envolvidos nos crimes tiveram a perda do cargo decretada pela sentença
A Operação QSJ, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, resultou na condenação de sete policiais civis e de um empresário.
Segundo as investigações, agentes de segurança com atuação em diversos municípios da região de Franca recebiam vantagens financeiras indevidas para atuar na recuperação de equipamentos agrícolas e animais de criação roubados.
O delegado de polícia apontado como chefe do esquema foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado por integrar organização criminosa e corrupção passiva.
Um chefe de investigadores recebeu pena de 12 anos de prisão em regime fechado. Ele já havia sido condenado a quase 22 anos de prisão em outros dois processos também movidos pelo Gaeco em relação a outros crimes.
Todos os envolvidos tiveram a perda do cargo decretada pela sentença.
Operação QSJ
A operação foi batizada de QSJ em referência à linguagem informal usada em comunicações de radiofrequência e significa “dinheiro, grana”.
O esquema começou a ser investigado no fim de 2018, após a prisão de uma quadrilha ligada ao jogo do bicho na região.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), policiais civis de Ituverava, Rifaina e Guará receberam vantagens indevidas para investigar crimes ou para priorizar a localização de bens furtados e roubados.
Ao menos 20 casos desse tipo foram identificados entre setembro e outubro de 2018, ainda de acordo com o Gaeco.
Entre as mensagens encontradas nos celulares dos investigados, uma fazia menção à distribuição de R$ 8 mil supostamente pagos por um fazendeiro, depois que a Polícia Civil recuperou 19 cabeças de gado que haviam sido roubadas dele.
O vereador de Ituverava João Batista Nogueira (PSDB), o João do Guincho, que também foi alvo da operação e chegou a ser preso temporariamente é suspeito de pagar policiais em troca da indicação da empresa dele para fazer o transporte de bens apreendidos.