Decreto do prefeito que protege andarilhos abre caminho para as favelas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 10:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:31
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Em área próxima à Secretaria de Saúde e no Jardim Redentor já há barracos instalados

​O decreto do prefeito Gilson de Souza (DEM) que blinda os moradores de rua pode trazer consequências para toda a sociedade francana. Uma delas é a instalação de favelas na cidade, que se orgulha de ser uma das poucas de seu porte que não enfrentam o problema.

Isso já é visto na prática. Há alguns focos de barracos que poderão se tornar, em curto espaço de tempo, pequenas favelas. É exemplo dessa situação a área pública do Jardim Barão, próximo à Secretaria de Saúde, onde há um vestiário abandonado, em um campo de futebol, ocupado por várias pessoas.

Naquele ponto, há três barracos montados e a área é imensa, podendo acolher centenas de pessoas. Ainda tem o atrativo de estar em uma área privilegiada da cidade, com fácil acesso ao Centro da cidade, ao Centro Pop e a Vila Gosuen, onde há vários focos de tráfico de drogas – muitos moradores de rua são usuários.

Outros locais com grande possibilidade são áreas do Jardim Redentor, onde moradores de rua montaram barracos em plena calçada, inclusive próximos a escolas, e a ponte da Avenida Ismael Alonso y Alonso, altura da alça de acesso ao Poliesportivo e ao Centro, onde também já há barracos.

A Prefeitura prestou, com esse decreto, que impede as equipes de removerem inclusive materiais reciclados e colchões até para fazer limpeza, um grande desserviço a Franca, que poderá pagar o preço – muito alto – em um futuro próximo.


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