Crianças têm mais chances de desenvolver alergias alimentares

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de julho de 2019 às 17:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:39
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Reação normalmente surge até os 3 anos de idade, por conta do sistema imunológico não amadurecido

Contrair alergias alimentares é algo que pode
acontecer com qualquer pessoa, em qualquer idade.

No entanto, por conta do amadurecimento incompleto
do sistema imunológico, crianças de até 3 anos de idade têm mais chances
de desenvolver a condição. “É por este motivo que, com o passar dos anos, a
maioria das alergias em crianças pode desaparecer”, explica a alergista Ariana
Yang, responsável pelos ambulatórios de alergia alimentar e dermatite atópica
do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP.

De modo geral, a alergia alimentar é uma reação
incomum e exagerada do sistema imunológico, em forma de defesa, que ocorre após
a ingestão de um determinado alimento, e causa intolerância contra a própria
proteína alimentar. Alimentos como leite de vaca, ovo, soja, amendoim, peixe e
frutos do mar podem provocar reações.

A administradora Janaína da Silva conta que sua
filha Júlia teve uma reação a camarão, que nunca havia acontecido antes. “Ela
sempre comeu peixes e frutos do mar, mas nesse dia começou a inchar e sua pele
ficou toda marcada. A médica disse que isso era muito comum. Hoje tomamos muito
cuidado para que ela não consuma esses alimentos”, conta.

A especialista explica que os sintomas mais comuns
aparecem na pele, como urticária, angioderma e dermatite atópica. Porém, podem
aparecer problemas gastrintestinais como diarreia, vômitos e dores abdominais,
e, em situações mais graves, reações anafiláticas, como aperto no peito com
queda de pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (choque
anafilático).

Os cuidados dependem de cada tipo de alergia e o
tratamento é dividido em partes. “Recomendamos acompanhamento nutricional,
especialmente para crianças, pois os alimentos mais frequentemente envolvidos
nas alergias são a base da alimentação infantil. Além disso, é importante
orientar um tratamento preventivo para cada tipo de reação e monitorar a
evolução e desenvolvimento de tolerância das alergias”, finaliza Ariana.


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