Cresce procura pela depilação a laser, que se mostra cada vez mais eficaz

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  • Publicado em 8 de setembro de 2017 às 14:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:20
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Tecnologia reduz os pelos não só para fins estéticos, mas no tratamento de doenças como a foliculite

Cada povo possui uma maneira diferente de se vestir, decorar seu corpo. E é
um aspecto também cultural a forma como se lida com a questão dos pelos. Em
geral, a mulher brasileira não gosta e muitas vezes se pergunta pra que tantos?
É fundamental, no entanto, que se saiba que os pelos têm diversas funções, entre
a elas a proteção. Parece um assunto de pouca relevância, mas não é. Algo
aparentemente tão simples pode realmente ser relacionado a tantos aspectos da
vida como tabu, autoestima e controle da sociedade. E a decisão de eliminar ou
não os pelos é única e exclusivamente da mulher. Portanto, sem pressão.

Agora, se a escolha é ficar sem eles, temos à disposição quase um arsenal de
guerra: gilete, cera, linha, pinça. Mas atualmente temos uma opção mil vezes
melhor: o laser. Aliás, uma curiosidade, você sabia que Laser é uma sigla?
Corresponde a Ligth Amplification by the Stimulated Emission of Radiation.

A médica dermatologista Livia Pino explica: “A maioria dos lasers
usados em dermatologia não emitem radiação ionizante, e consequentemente, não
oferecem riscos para o desenvolvimento de outras doenças. Outro conceito é que
todo laser tem um alvo específico (e é este alvo que vai absorver a energia do
laser). Quando falamos em depilação a laser o alvo em questão não é exatamente
o pelo, mas sim a cor encontrada nos pelos. Por este motivo pelos brancos não
são, em geral, removidos pelo laser.”

A primeira depilação a laser foi realizada por acaso, quando um cientista por
um descuido expôs seu braço a um feixe de laser yag, e observou que ficou sem
pelos após alguns dias. Desde então vários estudos foram feitos e o Food and
Drugs Administration (FDA, a Anvisa dos Estados Unidos) aprovou o laser para
depilação pouco tempo depois, lá pelo fim da década de 70.

“A depilação a laser, foi uma das melhores invenções dos últimos tempos,
consegue reduzir os pelos não só para fins estéticos, mas também ajuda no
tratamento de algumas doenças como a foliculite (aquela inflamação ao redor do
folículo).”, destaca a especialista

Importante – o conceito de depilação definitiva é errado –
Conseguimos com o laser a depilação permanente, ou seja, reduzimos
significativamente o número dos pelos por pelo menos 6 meses após tratamento. E
os pelos que sobram, em geral, ficam mais finos e mais claros. A dor do
procedimento varia conforme o aparelho utilizado, a cor da pele do paciente, a região
tratada e a quantidade de pelo.

“Mas em geral a dor é suportável e pode ser amenizada com uso de cremes
anestésicos e gelo antes do procedimento. Costumo dizer para meus pacientes que
é a “dor da beleza”. Indicado tanto para homens quanto para mulheres,
para todos os tipos de pele (depende do aparelho) e diversas áreas do corpo. O
número de sessões varia de acordo com o aparelho, o tipo de pelo e a área
tratada. O mais importante é que você converse com seu dermatologista e é ele
quem poderá indicar o melhor tratamento para você. O que posso dizer para é que
sou fã da depilação a laser, mas, infelizmente, recebo muitos pacientes que
tiveram complicações sérias e às vezes, até irreversíveis, pois realizaram o
procedimento com profissionais não capacitados ou com indicação errada.”,
orienta dra. Livia Pino.