Copacabana e emendas impositivas, duas novelas protagonizadas por Gilson

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 12:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:33
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Prefeito não consegue resolver situações que desgastam sua imagem e prejudicam população

​São muitas as situações pendentes para o prefeito Gilson de Souza (DEM) resolver nos três anos de mandato que lhe restam. Promessas de campanha não cumpridas, compromissos não concretizados, problemas de caixa, etc.

Mas duas delas em especial já se arrastam desde o início do mandato e parecem longe de ter solução: as emendas impositivas e a entrega do conjunto residencial Copacabana, na região oeste.

O primeiro caso é complexo. Gilson recebeu a prefeitura com a obrigação de pagar as emendas impositivas de 2016, para o orçamento de 2017. Não o fez. Ao invés disso, depositou R$ 6 milhões em juízo e entrou com ação para que não tenha a obrigação de pagar, mesmo com leis federais e municipal que determinam a validade das emendas.

O caso está na Justiça mas já rendeu a Gilson cicatrizes profundas em sua imagem de homem público humilde e comprometido com a população carente. 

Isso porque, ao não pagar as emendas, o prefeito contribuiu diretamente para que as entidades, que prestam serviços importantes para os francanos, tivessem frustrados vários projetos.

Para piorar, Gilson vetou as emendas impositivas para este ano, aprovadas no ano passado. Seu veto poderá ser derrubado pelos vereadores, que não vão querer comprar briga com quase cem entidades.

No caso do Copacabana, Gilson de Souza e seu líder informal na Câmara, vereador Corrêa Neves Júnior (PSD), desde o início de seus mandatos, no ano passado, assumiram o compromisso de resolver a situação e acabar com uma espera dos contemplados com os apartamentos para ocuparem seus imóveis – em uma novela que já dura alguns anos.

Mas até agora só ficou na promessa, nas datas que não se concretizam, nas reuniões e desculpas diversificadas, que vão somente causando incredulidade nas mais de 400 famílias que aguardam uma solução.

Um governo tem que se comprometer com prioridades e não com promessas. Não basta querer resolver, a população espera por ação de verdade. 

O preço para a desorganização e falta de resultados é trágico para os políticos, que dependem da população estar satisfeita, e pior ainda para a população, que depende dos políticos para terem uma vida mais digna.


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